Iniciativa da ONU propõe ações em prol da saúde do oceano
A Década dos Oceanos propõe ações em prol da saúde oceânica por meio de cooperação internacional
A Década dos Oceanos é uma iniciativa da ONU para mobilizar governos, setor privado, cientistas e todos nós em ações transformadoras baseadas em conhecimento científico em prol da saúde do oceano — e tem mobilizado muitas empresas.
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Os oceanos concentram a maior biodiversidade do planeta e, embora o setor empresarial tenha investido em medidas sustentáveis para o meio ambiente, muito menos atenção é dada ao ambiente marinho. Por essa razão, a Organização das Nações Unidas – ONU declarou o período de 2021 a 2030 a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. A meta é ter um oceano limpo até 2030.
Também conhecida como Década dos Oceanos, a iniciativa propõe ações em prol da saúde oceânica por meio de cooperação internacional, incentivando a pesquisa científica e as inovações tecnológicas voltadas para a limpeza, segurança e sustentabilidade dos mares, oceanos e zonas costeiras.
Embora seja impactado por conta da pesca, poluição e perda de habitats, o oceano guarda a maior biodiversidade do planeta, e é também o maior potencial de novos negócios sustentáveis.
Além da manutenção dos ecossistemas, fluxo de energia, regulação climática, alimentos (17 a 50% do consumo de proteína animal mundial vem do oceano), bem-estar humano (lazer) e aspectos culturais, existe um enorme potencial de uso sustentável da biodiversidade marinha, em especial de aspectos biotecnológicos que trazem oportunidade de inovação e ampliação de negócios sustentáveis.
O Brasil possui a Amazônia Azul, com uma estimativa de que mais de 20% do PIB nacional venha do oceano e zona costeira. A economia azul necessita de ações interdisciplinares, que integre diferentes setores da sociedade e que desenvolva a ciência, tecnologia e inovação, como a inteligência artificial associada à coleta de dados, contribuindo para a conservação e uso sustentável do oceano.
Porém, existe muito sobre a biodiversidade marinha a ser descoberto, e as empresas podem investir neste conhecimento que será a base para o desenvolvimento sustentável.
Muitas ações têm sido realizadas, mas o Seabed 2030 é um programa emblemático da Década dos Oceanos. Trata-se de um projeto colaborativo entre a The Nippon Foundation e o General Bathymetric Chart of the Oceans (GEBCO) para fazer o mapeamento completo dos oceanos do mundo até 2030 e compilar todos os dados batimétricos no GEBCO Ocean Map, disponível gratuitamente. Lançado há 5 anos, o Seabed 2030 mapeou em alta resolução até agora 23,4% do fundo do mar.
“Apesar de cobrir mais de 70% do planeta, nosso conhecimento do que está abaixo da superfície azul foi severamente limitado. Sem essa informação crucial, não podemos ter um futuro sustentável — um mapa completo do fundo do oceano é a ferramenta que faltava para nos permitir enfrentar alguns dos desafios ambientais mais prementes do nosso tempo, incluindo as mudanças climáticas e a poluição marinha. Isso nos permitirá salvaguardar o futuro do planeta”, disse Mitsuyuki Unno, diretor executivo da The Nippon Foundation, durante a última Conferência da ONU, em Lisboa.
Um mapa completo do fundo do mar é necessário por uma série de razões, inclusive para o futuro da humanidade. O oceano impulsiona os sistemas globais que tornam a Terra habitável para nós — oxigênio, água potável, grande parte de nossa comida e o clima são, em última análise, regulados e fornecidos pelo mar.
A topografia do fundo do oceano também ajuda a identificar os perigos subaquáticos e informar a gestão sustentável dos recursos marinhos e o desenvolvimento de infraestrutura.
Enquanto a poluição por plásticos é a mais abordada na discussão atual, muitos outros poluentes, como fertilizantes, resíduos químicos, efluentes industriais, entre outros, impactam a zona costeira. Um desafio dado pela ONU é apresentar soluções inovadoras que integrem as ações empresariais em prol da biodiversidade às agendas globais e demandas sociais.
Empresas do mundo todo estão avaliando as oportunidades para assumir um papel de destaque nesse movimento global. No Brasil, inúmeras ações têm sido realizadas sob a liderança da Unesco e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações que envolvem desde políticas públicas a programas de engajamento social. Considerar o oceano, a biodiversidade costeira e marinha e a economia azul são oportunidades que farão a diferença ao longo dessa década.
A Panerai, por exemplo, assumiu o compromisso por uma relojoaria sustentável. À medida que as mudanças climáticas se firmaram como realidade, a sustentabilidade se tornou elemento orientador em todos os níveis da empresa. O prédio que abriga as operações da Panerai dá o tom para o cuidado com o meio ambiente e com as práticas conscientes em seu interior.
Trata-se de um edifício excepcionalmente moderno, que adere aos mais altos padrões para redução das emissões de dióxido de carbono a zero, com a implementação de diversos processos de reciclagem e o uso inteligente de recursos renováveis, como o reaproveitamento de água da chuva (economia de 225 mil litros por ano) e 100% da eletricidade no sistema hidrelétrico para alimentar o processo de fabricação.
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Além disso, a Panerai está na vanguarda do desenvolvimento de materiais. O eSteel™ é um metal de última geração obtido a partir de sucata de aço 100% reciclada, proveniente de diferentes indústrias.
Em 2021, a Panerai apresentou o eLAB-ID™, um relógio conceitual com o mais alto percentual de material reciclado da história. Até 2025, 30% das coleções da empresa serão produzidas com materiais reciclados.
Como uma marca cujo legado está intimamente ligado à exploração submarina, a Panerai acredita ser fundamental melhorar a saúde dos oceanos, por isso firmou parceria com o COI-UNESCO – Instituto Oceanográfico Intergovernamental Comissão da UNESCO – para desenvolver o programa Ocean Literacy.
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A colaboração de dois anos se concentrará na educação, ciência cidadã e envolvimento da indústria. O objetivo é explicar aos alunos de 100 das melhores universidades do mundo como uma marca de luxo como a Panerai pode ser uma força positiva contra as mudanças climáticas e a poluição dos oceanos e motivá-los a pensar sobre o oceano de forma diferente, mas principalmente para se tornarem agentes ativos de mudança.
A essência do programa Ocean Literacy é transformar conhecimento em ação. Além disso, alunos e professores terão a oportunidade de participar de um dia de coleta de plástico organizado em cada país pela marca para contribuir ativamente para a saúde ambiental do local onde vivem.
“Ocean Literacy é mais do que informar o público, capacita as pessoas a serem agentes ativos de mudança e sentirem-se capazes de traduzir o conhecimento em ação”, diz Francesca Santoro, especialista em Programas do COI.
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“Empresas como a Panerai podem ter um grande impacto sobre o meio ambiente, mudando a forma como produzem bens, mas também convencendo o público da importância desses objetivos”.
Para o CEO da Panerai, Jean-Marc Pontroué, a responsabilidade é de todos: “Como empresa, temos a responsabilidade de estarmos ativos e apoiarmos a necessidade urgente de mudar e ajudar a proteger nosso Planeta, capacitando todos a tomar medidas diretas para cuidar disso também. Quanto mais trabalharmos juntos, melhor”.
Outro compromisso da Panerai vai contribuir para sua Iniciativa de Conservação do Oceano, desenvolvida em parceria com o COI-UNESCO. A empresa e a Razer, marca líder global de estilo de vida para gamers, firmaram parceria com a organização ambiental sem fins lucrativos Conservation International para apoiar a pesquisa de espécies marinhas.
A parceria se concentrará no monitoramento por satélite das arraias Manta e para coletar dados, incluindo temperatura, profundidade e localização. O programa das arraias Manta é liderado pelo renomado cientista e conservacionista marinho Mark Erdmann, da Conservation International.
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“Os dados contínuos de nossa pesquisa sobre arraias Manta nos levou ao desenvolvimento de meios de vida sustentáveis com oportunidades para as comunidades locais, apoiar a criação de novas áreas de proteção e contribuir com informações para mudanças na política que protegem essas espécies e seu ambiente oceânico. Nós estamos animados para ampliar este programa junto com Panerai e Razer”, diz Erdmann.
A Razer também compartilha com a Panerai compromissos pela sustentabilidade, e lançou seu programa de 10 anos para proteger a natureza e preservar o meio ambiente, em 2021. Desde então, liderou a tarefa de tornar a sustentabilidade endêmica em seus jogos, oferecendo à sua comunidade de jogadores ainda mais maneiras de se envolver em suas causas verdes.
“O objetivo da preservação dos oceanos é uma consideração indispensável em tudo o que fazemos, na fábrica e além dela. Nossa parceria com a Razer e a Conservation International não é exceção e demonstra nossa abordagem de 360 graus para melhorar o ambiente marinho e o meio ambiente em geral. O projeto mostra de forma convincente que proteger a vida selvagem oceânica não é um jogo de soma zero. Em vez disso, ao proteger a Manta estamos apoiando um ecossistema saudável, incluindo as pessoas que fazem parte dele”, diz Jean Marc Pontroué, CEO da Panerai.
Fluxo do plástico
A cada ano, 242 milhões de toneladas de resíduos plásticos são gerados no mundo e, desse total, cerca de 8 milhões chegam aos oceanos. O Brasil é o 16º país que mais contribui para a poluição de plástico no oceano e, considerando a permanência do cenário atual, tende a dobrar até 2030.
As estimativas indicam que os resíduos gerados em terra contribuem com até 80% dos resíduos de plástico no ambiente marinho.
Para mudar essa situação, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU criou o Projeto Blue Keepers, iniciativa nacional que busca combater a poluição plástica nos oceanos no curto, médio e longo prazos, unificando esforços de empresas de todos os setores, diferentes níveis de governo e da sociedade civil.
O projeto conta com o patrocínio da Braskem, Alpargatas, Cetesb, Unibes Cultural, Firjan, Fundação Avina, Fundação Grupo Boticário e apoio da Universidade de São Paulo (USP), entre outras entidades.
Inicialmente, o foco é realizar um estudo para mapeamento das fontes de resíduos plásticos no Brasil, a fim de identificar quais são os focos de ação que irão nos levar aos melhores resultados em termos de volume de material recuperado.
Do barco para o pulso
Embaixador da Panerai e amigo da marca desde 2001, o velejador Mike Horn participou do desenvolvimento do primeiro relógio feito de materiais reciclados, quando um pedaço do eixo do barco Pangea que ele usa para circunavegar o mundo nas condições mais extremas foi reutilizado para produzir a caixa do relógio Panerai Submersible Eco Pangaea, em 2020.
Com edição limitada a apenas 5 unidades, os donos tiveram acesso a uma experiência única, guiada pelo explorador Mike Horn, que aconteceu no Polo Norte, baseada nos alicerces comuns à Panerai e a Mike Horn, como compartilhamento de valores de vida, paixão pelo mar e a consciência pela importância de salvar e defender nosso Planeta.
Niterói saiu na frente
Niterói foi a primeira cidade brasileira a lançar um site sobre a Década do Oceano. A plataforma Oceano Que Queremos reúne iniciativas desenvolvidas na cidade e ligadas aos mares e oceanos, já com 12 projetos cadastrados, e histórias de heróis do oceano, com pessoas que contribuem para a manutenção da qualidade ambiental das praias e do oceano em Niterói.
Qualquer pessoa pode inscrever a sua iniciativa e fazer parte da Agenda Municipal de Niterói. Basta preencher o formulário e se cadastrar.
A iniciativa faz parte da Agenda da Década da Ciência Oceânica do município e conta com informações sobre a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável e tudo que abrange o assunto.
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