Os ensinamentos sobre confinamento do homem que passou 127 dias em um barril no oceano

No ano passado, em uma jornada solitária, o francês Jean-Jacques Savin, então com 72 anos, fez o que ninguém sequer sonhava: atravessou o Atlântico, à deriva, a bordo de um tosco barril oceânico! Se uma travessia como essa a bordo de um bom veleiro ainda reserva lá suas surpresas, imagine fazer isso a bordo de uma cápsula de 3 metros de comprimento e 2,10 m de altura, em forma de barril, pesando 450 quilos. Detalhe: a embarcação não contava com motor ou vela, nem quilha e leme, deslizando, literalmente, ao sabor da correnteza.
Com base nessa jornada, que se estendeu por 127 dias e 3 125 milhas náuticas, o intrépido Vovô Aventureiro (um ex-paraquedista militar) dá o seguinte conselho às pessoas que enfrentam o desafio do isolamento social, nesse tempos de coronavírus: “É necessário que cada um se entregue à sua paixão. Esse tempo de isolamento também pode ser uma oportunidade para se fazer descobertas. Comece a desenhar, aprenda a tocar gaita, se isso não incomodar os vizinhos, faça exercícios físicos. Você precisa criar fadiga física, não fadiga moral. Andar o máximo que puder. Mas, acima de tudo, não seja estúpido o suficiente para passar o dia e a noite em frente à TV, nem dormir até o meio dia.”
Durante a travessia, Savin não dispunha de nada que se possa chamar de confortável. Dentro de seu barril, num espaço de 6 m², havia um beliche para dormir, uma mesa, um assento, um fogareiro, uma pia e um depósito de mantimentos, além de uma vigia no piso, através da qual ele podia observar os peixes que passavam. Seus companheiros eram livros, um bandolim, um telefone via satélite e garrafas de vinho, porque ninguém é de ferro. “Eu me adaptei à solidão e ao clima. A viagem era longa, mas sabia que era apenas um período de tempo”, disse.
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