O misterioso e gigante Azzam, avaliado em 570 milhões de euros, deixou de emitir sinal nesse mês e desapareceu sem deixar rastros
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O mistério do sumiço do megaiate de 180 metros Azzam, cujo o nome significa determinação, iniciou-se no dia em que a bela embarcação deixou o estaleiro alemão Lürssen Yachts rumo à marina de Tarragona, na Espanha, onde permaneceu quatro meses para o término de decorações e contratações de tripulação. Os anos foram se passando e, desde 2015, o barco seguiu navegando mar afora, percorrendo grandes localidades e sendo reconhecido. Porém, nesse mês de agosto, após o gigante atracar no terminal marítimo de Cádiz, na Espanha, não houve mais nenhum sinal da embarcação tida como maior iate do mundo.
O design exterior do barco ficou por responsabilidade da Nauta Design e, para o interior, o estilista francês Christophe Leoni, cuidou de todos os detalhes. O próprio estaleiro alemão, fabricante do barco, ficou a frente do desenvolvimento de toda a engenharia possível, mas as ordens claras do proprietário foram: um navio luxuoso e com elegância.
O projeto foi encomendado por Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, sheik e presidente dos Emirados Árabes Unidos, que sofreu um derrame cerebral em 2014, e passou o controle para seu meio-irmão Mohammed bin Zayed Al Nahyan, príncipe herdeiro dos Emirados. Como todos sabem, sheiks são conhecidos pelas fortunas e vidas extravagantes, e com eles não é diferente, tornando essa realidade perceptível na encomenda barco, que ultrapassa os 500 milhões de euros. Comportando uma tripulação de 50 pessoas, o Azzam tem 6 conveses, 20 metros de largura e um calado de 4,3 metros, que facilita a navegação em águas pouco profundas.
Desde sempre foi possível saber onde estava o Azzam. Não que houvesse fotografias ou notícias dos seus passeios ao longo da costa de Abu Dhabi, mas através de sites de registros e sinalizações, que mostram em tempo real as posições de todas as embarcações a partir do número identificativo de navios (IMO). Entretanto, se consultado o barco não consegue ser encontrado em nenhum desses meios, o que gera diversos questionamentos de onde poderia estar o navio “fantasma”.
Uma coisa é fato, desde o início de seu projeto, o Azzam carregou um ar oculto e de intensos segredos. Essa omissão pode ter sido intensa demais? Não é possível saber. O “fantasma” pode estar em qualquer lugar da Europa neste exato momento.
Por Felipe Toniolo, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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