Temido navio que disparou primeiros tiros da 1ª Guerra vira museu flutuante

28/12/2021

Embarcações memoráveis costumam virar peça de museu. No caso do SMS Bodrog/Sava, devido à história que representa e ajudou a fazer, a opção foi outra: em vez de peça, essa verdadeira máquina de guerra é o próprio museu.

Construído em 1903 e lançado em serviço pela Marinha Imperial e Real Austro-Húngara em 1904, o Bodrog inscreveu seu nome na história no dia 28 de julho de 2014, quando o império austro-húngaro bombardeou a capital da Sérvia, Belgrado, naquele que é considerado o conflito inicial da 1ª Grande Guerra, que acabaria matando 20 milhões de pessoas. O canhoneiro que disparou os primeiros tiros estava no Bodrog.

Terminada a Grande Guerra, agora com o nome alterado para Sava, o navio passou a servir à Marinha KSCS (Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenas, mais tarde chamado de Iugoslávia). E lá foi ele fazer história novamente, desta vez como protagonista da 2ª Guerra Mundial.

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Mas, tudo o que é solido um dia se desmancha no ar. Depois de ajudar a defender o Danúbio nos dois maiores conflitos mundiais, essa máquina de guerra teve uma trajetória descendente. Aposentado do serviço militar, em 1959 o Sava foi vendido a uma empresa privada, que o utilizou por pouco tempo como uma barca no transporte de cascalho. Até ser simplesmente abandonado, em uma margem de rio lamacento, em algum lugar da Sérvia.

Levaria anos até que, em 2006, o o famoso navio de guerra fosse finalmente declarado um monumento cultural. Foi quando começou o processo de restauração, que remonta à fase gloriosa do barco, supervisionado pelo Ministério da Defesa da Sérvia e pelo Museu Militar do país.

Restaurado e declarado Patrimônio Nacional pelo governo Sérvio, a embarcação centenária finalmente está começando uma nova vida, agora como um museu flutuante. Com o nome Bodrog/Sava gravado no casco, o barco flutua no rio Danúbio, perto de Belgrado, onde é admirado como testemunha viva das duas grandes guerras mundiais.

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