Volvo Ocean Race anuncia foil nos veleiros

Por: Redação -
18/05/2017

A organização da Volvo Ocean Race anunciou que, na próxima década, os veleiros usados nas travessias pelos mares do planeta serão de 60 pés com foils. Já nas regatas in-port, as equipes vão usar catamarãs de 32 a 50 pés, que são leves e rápidos. Os modelos para o desfio mais duro e difícil do esporte são desenvolvidos pelo projetista francês Guillaume Verdier.

“Tivemos muitos debates sobre usar um multicasco ou monocasco e, de fato, a solução final para nós é fazer as duas coisas. Então haverá três cascos nas futuras edições!”, disse CEO da Volvo Ocean Race, Mark Turner. “A Volvo Ocean Race sempre foi desafiadora ao extremo e com essas mudanças – talvez as mais radicais desde que a regata começou em 1973 – estamos levando a competição a outro patamar. A obsessão que levou a gerações de velejadores a buscar a vitória continua, mas para levantar o troféu, o candidato será mais exigido em dedicação, habilidade e sacrifício”.

Para a edição 2017-18 da Volvo Ocean Race, que começa em outubro deste ano, as equipes continuam a utilizar os barcos Volvo Ocean 65, tanto nas pernas mais longas quanto nas regatas in-port.

CEO da Volvo Ocean Race deu mais informações sobre as mudanças. ”Nós permanecemos fiéis ao nosso DNA de regata oceânica, mas agora vamos também testar o limite dos melhores velejadores do mundo nas regatas costeiras. Ao mesmo tempo, as oportunidades comerciais ganham elementos extras. Continuamos sendo um dos poucos eventos esportivos globais, profissionais e de excelência com um grande pacote comercial que acompanha o produto, com um excelente produto Business to Business, além de um rico patrimônio e fortes opções de ativação para os consumidores, mídia e parceiros. Temos sorte de continuar com o apoio tão forte e consistente da Volvo por duas décadas. A regata nunca esteve em uma posição tão forte como daqui em diante”.

As iniciativas não impactam apenas os velejadores com os novos modelos de barco! Toda a comunidade da vela oceânica e os patrocinadores serão beneficiados.

 

Anúncios importantes:

Maior desafio da vela: Após a edição de 2017-18, a Volvo Ocean Race será disputada por barcos diferentes: monocasco de 60 pés auxiliado por foils e um catamarã ‘voador’ para uso nas In-Port Races. Juntos, eles estabelecerão a Volvo Ocean Race como maior e mais desafiador evento de vela profissional.

Foils nos monocascos: O monocasco de design único será desenvolvido pelo arquiteto naval francês Guillaume Verdier, que usará a última geração de foils, o que fará com que o barco fique mais rápido, garantindo boas imagens. As tripulações serão de 5 a 7 atletas, com incentivo à vela feminina e velejadores mais jovens. A organização vai construir oito novos barcos e entregará os modelos em janeiro de 2019 aos donos. Eles estarão disponíveis para as equipes com formas de redução de custo, além de dar prioridade aos patrocinadores da atual edição a partir de outubro.

Compatibilidade com o IMOCA : O design permite que a plataforma do barco seja convertida, de forma barata e rápida, em um barco IMOCA compatível com regras. Os barcos da classe IMOCA de 60 pés são usados em regatas icônicas como a navegação ao redor do mundo em solitário Vendée Globe.

Catamarã voador: Além dos monocascos, a regata está lançando um novo catamarã (dois cascos) de design único de 32-50 pés. O modelo voador será usado nas regatas locais e terá tecnologia parecida com os da America’s Cup

Sustentabilidade: A regata tem três pilares de ação em sustentabilidade – minimizar impactos, maximizar sua plataforma global de comunicações, e deixar um legado positivo no mundo na área de meio ambiente. Centrada numa parceria com a campanha das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o foco será na chamado à ação ‘Turn the Tide on Plastic’. Uma parceria com a 11th Hour Racing está fornecendo recurso para permitir amplificação significativa em todos os programas relacionados à ciência e oceano. A AkzoNobel vai impulsionar ainda mais o programa de educação e conscientização. A ambição a longo prazo da Volvo Ocean Race é reduzir e, em seguida, eliminar o uso de combustíveis fósseis em futuros barcos, mantendo a segurança e desempenho de comunicação, bem como desenvolver novos métodos de construção e estratégias operacionais para a regata.

Novo percurso e formato da regata: A regata está planejando grandes mudanças para as travessias e também para as etapas na próxima década. As alterações irão reforçar o apelo comercial, preservando sua integridade esportiva. Alicante continua como cidade da abertura do evento por mais duas edições, já a chegada pode ser fora da Europa. Outra possibilidade é um percurso sem parar em torno da Antártica ou mesmo uma volta ao mundo sem escalas. Mas enquanto a rota pode variar, a regata se comprometerá a visitar a América do Norte, América do Sul, Austrália, China, e pelo menos cinco grandes mercados europeus pelo menos uma vez a cada duas edições. A cidades-sede também poderão escolher entre uma variedade de formatos de escala flexíveis – desde uma parada de 24 a 48 horas, até mais longas de cinco dias e de dois fins de semana com ativação completa. O processo de licitação para as próximas três edições será lançado hoje.

Regata todos os dias e novo ciclo: O Volvo Ocean Race pediu ao gerenciamento da regata que examine a viabilidade de mudar a prova para um ciclo de dois anos. Esse processo ainda está em curso, mas o que já é certo é que no futuro haverá alguma atividade da regata por dia – uma clara evolução da situação atual, com uma diferença de mais de dois anos entre as edições.

Caminho da Volvo Ocean Race: A regata e os seus co-proprietários Volvo Car Group e Volvo Group serão parceiros oficiais da World Sailing, como parte de um plano estratégico de longo prazo para desenvolver a próxima geração de velejadores de oceano e seus patrocinadores, proporcionando um claro caminho de desenvolvimento. A regata estabelecerá as Academias Volvo Ocean Race como parte das futuras parcerias e também proporcionará um trampolim para futuros atletas nos Jogos Olímpicos,quando a vela oceânica estiver no calendário, o que poderia ser um evento de destaque no início de Tóquio 2020.

Liderança e reutilização dos barcos: Os organizadores vão introduzir um novo Programa de Desenvolvimento de Liderança e Desempenho de Equipe para as empresas. O programa contará com uma regata oceânica paralela chamada Global Team Challenge, projetado para que os patrocinadores dêem a seus funcionários uma experiência única do esporte sob condições quase idênticas às enfrentadas pelos profissionais. O Global Team Challenge será focado em segurança e vai ocorrer em parte do percurso da Volvo Ocean Race. Serão usados os barcos da atual edição, os Volvo Ocean 65 com a seguinte configuração a bordo: três profissionais e oito amadores. O pacote básico será incluído na oferta comercial para patrocinadores das equipes, com oportunidades de ativação para apoiar programas de RH, branding e oportunidades adicionais para B2B e ativação de mídia. Este programa também atuará como um novo ponto de entrada para futuros patrocinadores de equipes na prova.

50º aniversário: A Volvo Ocean Race teve início em 1973 com o nome de Whitbread Round the World Race. Em 2023 marcará a comemoração de seus 50 anos. A organização está planejando atividades e homenagens com as lendas que fizeram parte desses anos.

A edição atual da Volvo Ocean Race começa em Alicante, no dia 22 de outubro, e visitará 12 cidades-sede e seis continentes. Os barcos vão velejar por 46 mil milhas náuticas – o que equivale a 83 mil quilômetros – até a chegada em Haia, no mês de junho de 2018.

Fotos: VOR/Divulgação

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Navio de cruzeiro fica preso na Irlanda por 4 meses e passageiros anunciam casamento

    Parada técnica do cruzeiro Villa Vie Odyssey rendeu a Gian Perroni e Angela Harsany um novo rumo além do programado roteiro mundial de 3 anos

    Senna, além de ídolo das pistas, também acelerava sobre as águas

    Piloto brasileiro de F1 participou ativamente da construção de seus 3 barcos; um deles, Ayrton jamais conheceu

    Embarcação dos anos 60 vai virar restaurante flutuante de luxo no Rio de Janeiro

    Novidade teve investimento de R$ 10 milhões e promete centro de eventos, bar rooftop e área vip na Marina da Glória

    Seychelles: ilha paradisíaca será sede da Copa do Mundo de Futebol de Areia

    Essa será a primeira vez que um país africano receberá a competição, que acontece de 1º a 11 de maio de 2025; hexacampeão, Brasil briga por vaga

    Pela primeira vez, baleia mais rara do mundo começa a ser estudada por cientistas

    Animal só foi encontrado sete vezes ao longo da história, o que o torna um verdadeiro enigma para a ciência