Volvo Ocean Race deixa de vez o Brasil e o Hemisfério Sul


A regata Volvo Ocean Race cruzou pela última vez na edição 2017-18 a Linha do Equador e agora todas as ações serão realizadas no Hemisfério Norte. Os sete barcos que participam da etapa entre Itajaí (SC) e Newport (SC) estão na altura do Amapá e nesta segunda-feira (30) vão oficialmente deixar a costa brasileira.
Na Volta ao Mundo, as equipes cruzaram os hemisférios quatro vezes e a costa brasileira foi bastante explorada. Na segunda etapa, entre Lisboa (Portugal) e Cidade do Cabo (África do Sul), a disputa foi acirrada na descida do Oceano Atlântico.
Neste mês, o Brasil, mais precisamente a catarinense Itajaí, recebeu os barcos para uma stopover com mais de 420 mil pessoas. Agora de vez a flotilha da Volvo Ocean Race deixa o País e o hemisfério sul.
Na oitava etapa, os veleiros subiram por oito dias pela costa brasileira, que teve mudanças de ventos, campos de petróleo e gás, pesqueiros e o calor característico do outono. A partir de agora, todas as etapas serão no norte, incluindo Estados Unidos, País de Gales, Suécia e Holanda.
Já no norte, a disputa segue igual no sul. Ou seja, equilíbrio entre quatro barcos que disputam a liderança da oitava etapa da regata de volta ao mundo.
O Vestas 11th Hour Racing lidera provisoriamente. Na sequência aparecem Dongfeng Race Team, Team Brunel e Turn the Tide on Plastic. Diferença entre eles é menor do que 5 milhas náuticas.
A oitava etapa começou em 22 de abril em Itajaí e os barcos precisam percorrer ao todo 5 700 milhas náuticas. Até agora já andaram 4 700 milhas náuticas.
Tradicionalmente cruzar os Doldrums – uma faixa de baixa pressão em constante mudança, caracterizada por ventos inconstantes e tempestades – no oeste, significa uma passagem relativamente livre, e comparada com os cruzamentos anteriores nesta prova, essa experiência tem sido relativamente boa.
“Estamos nos temidos Doldrums pela quarta e última vez nesta regata”, disse o líder do Dongfeng, Charles Caudrelier. ”Cruzar tão longe a oeste não costuma ser tão difícil, mas hoje a zona dos Doldrum é grande e poderemos ver algumas mudanças na classificação nas próximas 24 horas”.
A tripulação espanhola do MAPFRE teve problemas após descobrir um problema elétrico que os deixou sem energia a bordo.
A equipe agora está a todo vapor substituindo o fusível da bateria principal. ”O fato de termos de usar este sistema para a quilha é difícil porque significa que um de nós tem que estar abaixo com a alavanca para controlar a quilha”, disse o espanhol Ñeti Cuervas-Mons.
Mas desde que o reparo foi feito, a equipe espanhola vem ganhando milhas e está mais ao norte do que Dongfeng, team AkzoNobel e Scallywag.
Os espanhóis estão em segundo na classificação geral com apenas um ponto atrás dos chineses do Dongfeng Race Team. O time da brasileira Martine Grael (team AkzoNobel) é o quarto na tabela.
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