Ex-militar britânico quer cruzar o Atlântico em uma baleia que navega
Não se espante se, um dia, você estiver navegando pelo Atlântico e topar com uma baleia emersa das profundezas. Pode ser Moby, uma curiosa embarcação em forma de cachalote feita por Tom McClean, militar britânico aposentado, de 73 anos, que há 20 anos não pensa em outra coisa a não ser finalizar a obra.
Agora, nos “finalmentes”, ele quer dar ao interior um acabamento luxuoso, digno de superiate, além de trocar os confiáveis, porém barulhentos, motores diesel por silenciosos elétricos. Todo de aço, o barco tem 65 pés de comprimento e 25 pés de altura, pesa 60 toneladas e foi construído pelo próprio McClean, que já gastou 100 mil libras (algo em torno de R$ 450 mil). O ex-militar planeja cruzar o Atlântico ao longo de 3 mil milhas, entre o Reino Unido e os Estados Unidos.
Mas, por enquanto, só fez com Moby cruzeiros curtos na costa oeste da Escócia — o que, se não rendeu comparações com um ícone escocês das águas, o monstro do lago Ness, ao menos mostrou que a embarcação é segura. Desafios fazem parte da vida de Tom McClean.
Abandonado num orfanato aos 5 anos, ele já cruzou o Atlântico várias vezes, sendo o primeiro homem a fazê-lo com um barco a remo, em solitário, no ano de 1969. A próxima aventura de McClean teria tudo para inspirar o escritor americano Herman Melville a escrever uma versão atualizada de Moby Dick, romance publicado no século 19 que cristalizou a mística em torno dos cachalotes e sua supremacia diante do homem.
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