Campeonato de barcos elétricos é apresentada oficialmente na Europa. Confira

Por: Redação -
02/10/2020

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Na última sexta-feira (25), a proposta de Alejandro Agag, o UIM E1 World Electric Powerboat Series, foi apresentada oficialmente. Este será o primeiro campeonato de barcos totalmente elétricos, e foi anunciado em seu estágio de projeto. A NAUTICA, inclusive, havia divulgado essa informação. Alejandro, que também é o fundador da Fórmula E e Extreme E, contou com o apoio de duas pessoas para essa realização: o ex-diretor de esportes motorizados Rodi Basso e o presidente da Union Internationale Motonautique (UIM), Raffaele Chiulli.

Para o circuito, Alejandro pretende fundamentar a competição com o seu último lançamento: os barcos totalmente elétricos chamados Racebird. Durante a apresentação da E1 World Electric Powerboat, no exclusivo Monaco Yacht Club, Agag disse estar convencido de que esses testes “atrairão tanto aos fãs do esporte, navegação e tecnologia, quanto aos conservacionistas do oceano”. Como um grande ativista ambiental, Alejandro explica que, em sua opinião, “os oceanos, lagos e rios estão sob enorme pressão ambiental, e que o E1 World Electric Powerboat será um exemplo de mobilidade elétrica na água para as gerações futuras”.

e1 series

Alejandro, que já atuou no campo político, reconhece que “o uso da energia elétrica ainda está em um estágio embrionário”, e está confiante que essa inovação irá promover soluções para uma navegação mais limpa, assim que a deficiência tecnológica que ainda os cerca seja superada.

Rodi Basso, por sua vez, um ex-engenheiro aeroespacial, promete que os barcos proporcionarão “um espetáculo esportivo emocionante”. Em seu currículo encontram-se empresas como NASA, Ferrari, Red Bull — durante a Fórmula 1 —, Magneti Marelli e McLaren Applied Technologies, na indústria de alta tecnologia. Na UIM E1 World Electric Powerboat Series, Basso atuará como diretor executivo, ao passo que Alejandro exercerá o papel de presidente da companhia.

“Durante 20 anos, sempre sonhei em usar o automobilismo para demonstrar e ganhar visibilidade em torno de uma tecnologia e depois criar soluções com ela em outros campos. Com este campeonato, vamos acelerar a tecnologia elétrica na indústria naval, contribuindo com enormes avanços tecnológicos e a experiência do automobilismo ”, expôs o ex-engenheiro italiano.

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Já Raffaele Chiulli, presidente da UIM (União Internacional de Motonáutica), que licencia com exclusividade a nova competição, afirmou que a organização apoia com entusiasmo o novo evento. Principalmente, levando em conta que a corrida contribui para a conservação do meio marinho, Raffale completa “estamos orgulhosos da parceria com Alejandro Agag, Rodi Basso e E1, e estou confiante de que esta iniciativa, junto com a Extreme E, irá acelerar a mobilidade sustentável globalmente”.

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Os Racebirds contam com cascos que navegarão acima da superfície da água, graças a um sistema hidrófilo, e que lhes permitirá atingir velocidades de até 60 nós (111 km/h), de acordo com informações da organização. Assim como um carro de corrida, a embarcação contará com espaço somente para o condutor. O projeto está sendo coordenado por Sophi Horne e desenvolvido pela SeaBird Technologies, uma startup com sede no Reino Unido. 

A intenção é recrutar até 12 equipes, cada uma com dois barcos. Um deles terá sua base na própria Europa e o outro ficará armazenado no St. Helena, um antigo navio do Royal Mail britânico, que a organização utilizará como paddock flutuante. Por enquanto, o único empecilho é a reunião total do grupo de capitães. A cada corrida de E1, uma série de rodadas de qualificação será realizada, com fases eliminatórias e um único vencedor a cada evento determinado no calendário. O campeão mundial será aquele que acumular mais pontos ao longo da temporada. O desafio não será apenas dar um show de velocidade no Racebird, mesmo que em diferentes condições de mar, e sim demonstrar toda a habilidade do piloto para conservar energia, já que, a partir da quartas de final, o fornecimento de energia será limitado.

Por Naíza Ximenes, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira

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