Atletas passam a ter direito a voto direto para presidente da CBVela

Por: Redação -
03/05/2017
Foto: Jesus Renedo

Num marco histórico para o esporte olímpico brasileiro, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) adotou uma nova regra em seu estatuto, ampliando a participação democrática da comunidade náutica. A partir de agora, velejadores, técnicos, oficiais de regata e medalhistas olímpicos passam a ter direito a voto na eleição para presidente da entidade. A decisão foi tomada pela Assembleia Geral da CBVela, em reunião no último sábado, dia 29, no Iate Clube de Brasília.

“É um dia histórico para a vela do Brasil. A proposta de alteração do estatuto já vinha sendo discutida internamente há pelo menos um ano. O objetivo é ampliar a participação de quem faz o esporte no dia a dia, sobretudo os atletas. É democratizar o processo eleitoral. É inovar, adotando uma regra inédita no esporte nacional. Com sabedoria e visão de futuro, a Assembleia entendeu que agora era a hora de dar esse passo”, afirmou o presidente da CBVela Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

Com essa decisão, a CBVela se torna a primeira entidade do esporte olímpico brasileiro a contar com voto direto dos atletas na eleição presidencial. O próximo pleito da Confederação será no segundo semestre de 2020, ao fim do ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio. Para definir os critérios de elegibilidade de quem pode votar e quem pode ser candidato, será formada uma comissão eleitoral, com representação garantida dos atletas. O regulamento da votação será amplamente divulgado no mínimo 180 dias antes do pleito, informando as normas, os prazos e o formato da eleição para presidente.

A Assembleia Geral ainda aprovou a introdução no estatuto do Conselho Estratégico da CBVela, que será responsável pelas decisões de maior âmbito e estratégicas para a modalidade. O Conselho, que ainda será formado, vai ser composto por pessoas de reconhecida e relevante contribuição para o esporte brasileiro, e destaque profissional na sua área de atuação.

Também consta agora formalmente no estatuto a regulamentação do Conselho Técnico da Vela (CTV), órgão que já era atuante no ciclo dos Jogos Rio 2016, reunindo alguns dos principais nomes da vela brasileira. Sua função é assessorar a diretoria da CBVela no que se refere à área técnica da modalidade, desde o planejamento até a tomada de decisões. O CTV é formado por representantes de atletas, técnicos, oficiais de regata, federações estaduais, Vela Jovem, CBVela e Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Para completar, outra alteração estatutária aprovada pela Assembleia foi a separação do mandato do Conselho Fiscal do mandato do presidente. O Conselho passará a ser eleito dois anos após o pleito presidencial, garantindo maior autonomia para a fiscalização da entidade.

Vale destacar que a CBVela já previa no seu estatuto original boas práticas de governança, como a limitação de no máximo uma reeleição para presidente e vice-presidente. Em 2016, a entidade tornou-se a primeira confederação esportiva do Brasil a contar com uma consultoria para investir na excelência administrativa, em parceria pioneira com a Fundação Dom Cabral. Além disso, desenvolveu e implementou seu planejamento estratégico a fim de estabelecer as diretrizes e metas da gestão.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Navio de cruzeiro fica preso na Irlanda por 4 meses e passageiros anunciam casamento

    Parada técnica do cruzeiro Villa Vie Odyssey rendeu a Gian Perroni e Angela Harsany um novo rumo além do programado roteiro mundial de 3 anos

    Senna, além de ídolo das pistas, também acelerava sobre as águas

    Piloto brasileiro de F1 participou ativamente da construção de seus 3 barcos; um deles, Ayrton jamais conheceu

    Embarcação dos anos 60 vai virar restaurante flutuante de luxo no Rio de Janeiro

    Novidade teve investimento de R$ 10 milhões e promete centro de eventos, bar rooftop e área vip na Marina da Glória

    Seychelles: ilha paradisíaca será sede da Copa do Mundo de Futebol de Areia

    Essa será a primeira vez que um país africano receberá a competição, que acontece de 1º a 11 de maio de 2025; hexacampeão, Brasil briga por vaga

    Pela primeira vez, baleia mais rara do mundo começa a ser estudada por cientistas

    Animal só foi encontrado sete vezes ao longo da história, o que o torna um verdadeiro enigma para a ciência