Atletas passam a ter direito a voto direto para presidente da CBVela
Num marco histórico para o esporte olímpico brasileiro, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) adotou uma nova regra em seu estatuto, ampliando a participação democrática da comunidade náutica. A partir de agora, velejadores, técnicos, oficiais de regata e medalhistas olímpicos passam a ter direito a voto na eleição para presidente da entidade. A decisão foi tomada pela Assembleia Geral da CBVela, em reunião no último sábado, dia 29, no Iate Clube de Brasília.
“É um dia histórico para a vela do Brasil. A proposta de alteração do estatuto já vinha sendo discutida internamente há pelo menos um ano. O objetivo é ampliar a participação de quem faz o esporte no dia a dia, sobretudo os atletas. É democratizar o processo eleitoral. É inovar, adotando uma regra inédita no esporte nacional. Com sabedoria e visão de futuro, a Assembleia entendeu que agora era a hora de dar esse passo”, afirmou o presidente da CBVela Marco Aurélio de Sá Ribeiro.
Com essa decisão, a CBVela se torna a primeira entidade do esporte olímpico brasileiro a contar com voto direto dos atletas na eleição presidencial. O próximo pleito da Confederação será no segundo semestre de 2020, ao fim do ciclo olímpico dos Jogos de Tóquio. Para definir os critérios de elegibilidade de quem pode votar e quem pode ser candidato, será formada uma comissão eleitoral, com representação garantida dos atletas. O regulamento da votação será amplamente divulgado no mínimo 180 dias antes do pleito, informando as normas, os prazos e o formato da eleição para presidente.
A Assembleia Geral ainda aprovou a introdução no estatuto do Conselho Estratégico da CBVela, que será responsável pelas decisões de maior âmbito e estratégicas para a modalidade. O Conselho, que ainda será formado, vai ser composto por pessoas de reconhecida e relevante contribuição para o esporte brasileiro, e destaque profissional na sua área de atuação.
Também consta agora formalmente no estatuto a regulamentação do Conselho Técnico da Vela (CTV), órgão que já era atuante no ciclo dos Jogos Rio 2016, reunindo alguns dos principais nomes da vela brasileira. Sua função é assessorar a diretoria da CBVela no que se refere à área técnica da modalidade, desde o planejamento até a tomada de decisões. O CTV é formado por representantes de atletas, técnicos, oficiais de regata, federações estaduais, Vela Jovem, CBVela e Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Para completar, outra alteração estatutária aprovada pela Assembleia foi a separação do mandato do Conselho Fiscal do mandato do presidente. O Conselho passará a ser eleito dois anos após o pleito presidencial, garantindo maior autonomia para a fiscalização da entidade.
Vale destacar que a CBVela já previa no seu estatuto original boas práticas de governança, como a limitação de no máximo uma reeleição para presidente e vice-presidente. Em 2016, a entidade tornou-se a primeira confederação esportiva do Brasil a contar com uma consultoria para investir na excelência administrativa, em parceria pioneira com a Fundação Dom Cabral. Além disso, desenvolveu e implementou seu planejamento estratégico a fim de estabelecer as diretrizes e metas da gestão.
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