Barcos voadores têm asas e voam a apenas meio metro de altitude
Você já deve ter ouvido falar em efeito solo — um fluxo de ar que empurra o carro contra o chão, aumentando a velocidade e reduzindo a pressão aerodinâmica. Introduzido no automobilismo em 1977 pela equipe Lotus (com o célebre carro da asa invertida), o conceito pode ser aplicado aos mais pesados que o ar: quando um avião acelera em voo rasante muito próximo a uma superfície lisa, como a de um lago, o ar que passa sob suas asas cria um colchão de gases que dá maior sustentação à aeronave — a chamada asa de efeito solo.
O primeiro avião com asa em efeito solo foi o Ekranoplan, desenvolvido pela extinta União Soviética durante a guerra fria: media 100 metros de comprimento e conseguia voar a 500 km/h a apenas poucos metros acima da linha d’água. Baseado no aparelho soviético, uma empresa de Cingapura, a Wigetworks, acaba de lançar o primeiro modelo comercial desse tipo: este aqui, o Airfish 8 (para oito passageiros), capaz de voar a altitudes entre 0,5 e 6 metros da superfície do mar, ou de um lago, na velocidade de 180 km/h. Classificado como embarcação marítima e projetado para decolar e pousar na água, o Airfish 8 está sendo chamado de barco voador! Um barco que tem asas como um avião, mas voa poucos metros acima das ondas.
Outras duas empresas prometem entrar na briga: a australiana Sea Wing e a americana Flarecraft. A primeira apresentou um protótipo que voa a cinco metros de altura, a 215 km/h, com capacidade para quatro pessoas. Mas já trabalha em um modelo maior, para até 42 passageiros — rápido como avião, seguro como navio —, que, entre outras aplicações, poderia fazer a travessia Rio‑Niterói (substituindo as barcas atuais) em apenas cinco minutos!
Quer conferir mais conteúdo de NÁUTICA?
A edição deste mês já está disponível nas bancas, no nosso app
e também na Loja Virtual. Baixe agora!
App Revista Náutica
Loja Virtual
Disponível para tablets e smartphones
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Estaleiro mostrará ao público as aguardados Real 34 Cabriolet e a Real 35 Cabriolet no maior evento náutico da América Latina
Equipamentos capazes de coletar dados a mais de 30 metros de profundidade devem atuar na Antártida por um ano
Experimento reuniu 89 horas de filmagens feitas pela perspectiva da espécie, que percorreu 500 km com os aparelhos acoplados ao corpo
Expedição que passou por mais de 30 rios desafiou aventureiros com direito a raias venenosas e trechos de 'pancadas' na água
Realizada na costa chilena, operação encontrou ecossistemas desconhecidos e criaturas bizarras através do ROV