A história do caminhão caçamba abandonado no fundo de um lago
Olhe no fundo do lago. É um peixe? É uma tartaruga gigante? É um hipopótamo? Não, é um caminhão caçamba mesmo! E o que faz o Mercedes-Benz, modelo Atego, abandonado debaixo d’água? Para saber, é preciso conhecer um pouco da história da cidade de Hemmoor, na Alemanha, onde fica o lago cujas águas o “Cara-Chata” mergulhou.
A cidade de Hemmoor abrigou por muitos anos uma das maiores fábricas de cimento do mundo: a Portland Cementfabrik Hemmoor, cujos pátios serviam de palco para um entra e sai constante de caminhões de concreto. Construída sobre uma enorme reserva de giz, a empresa escavava o solo para extrair esse minério (um do mais utilizados na fabricação do cimento), formando crateras gigantescas.
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A vida nas dependências da empresa seguiu assim durante muitos anos. Até que veio a falência, em 1983. Seis anos depois, a água tomou conta de uma grande cratera, em cuja volta havia diversos aquíferos subterrâneos, formando um lago de 330 mil m², com 60 metros de profundidade, que ganhou o nome de “kreidesee”, ou “Lago de Giz”, em português.
Adivinhou quem disse que o caminhão foi deixado para trás, junto com velhas máquinas e a estrutura restante da fabrica, e engolido pelo lago. Como uma coisa leva a outra, uma empresa de mergulho foi criada às margens do Lago de Giz, transformando-o em um dos pontos turísticos da cidade.
Atração maior do lugar, o Mercedes-Benz permaneceu no fundo do lago até 2017, quando a empresa decidiu retirá-lo, temendo que pudesse acontecer algum acidente, já que os mergulhares invadiam o Cara-Chata. Para surpresa geral, quando foi emergido para a superfície, o veículo estava intacto. Ante os protestos, em meados de 2018, o caminhão caçamba voltou para o fundo do lago, onde permanece até hoje. E não é história de pescador.
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