Depois da Copa
Mais conhecido como o mês do cachorro louco, agosto é o ponto de partida para a retomada das competições de jet país a fora. Após 30 dias de futebol ininterruptos em todos os canais da TV aberta quanto dos canais pagos, o Brasil retomará seu curso normal e as atividades do mundo náutico não ficam atrás.
Dias 29 e 30 de agosto temos a Copa São Paulo de Jet válido pelo campeonato Brasileiro de Jet 2014 e que mais uma vez será realizado no CDC da Represa do Guarapiranga, local que já abriga as competições nos últimos anos na cidade de São Paulo. Existe ainda a promessa de uma segunda prova, também em São Paulo e no mesmo local, para o mês de setembro, mas ainda não temos informações oficiais nem mesmo confirmações. De qualquer maneira, as competições realizadas na cidade de São Paulo são quase unanimidade entre pilotos, sendo a competição que fica no meio do caminho para muitos atletas. Para essa retomada das competições no mês de agosto o presidente da Associação Brasileira de Jet (BJSA), Marcelo Teixeira mais conhecido como Pardal traz uma novidade ímpar: inscrição free para todos os pilotos, ficando apenas a exigência do pagamento de filiação a entidade para aqueles competidores que ainda não o fizeram. Para muitos é um pedido antigo, e que agora com a reestruturação da entidade está sendo possível concretizar mais essa forma de apoio aos pilotos.
Na sequência dos eventos náuticos temos ainda o 3º Sudamericano de Jet, dias 8 e 9 de novembro na cidade de Hernandarias, Paraguai. Evento único, já na sua 3ª edição organizado pelo piloto e empresário Valdir Scremin. O Sudamericano destaca-se pelas competições na represa de Itaipú onde temos a prova de longa duração, mais conhecidas como Open Lake, que nesse ano vai ganhar incrementos que a deixarão mais competitiva. Sem falar nas competições de circuito fechado, onde as disputas são boia a boia com pilotos vindos de várias cidades brasileiras e outros tantos de outros países. Nas edições anteriores o evento foi acolhido pelo Clube Náutico Hernandarias, mas ainda não temos a confirmação se em 2014 o local continua o mesmo. Em contato mantido com Valdir Scremin, ele contou que existe a possibilidade da prova de Open Lake ser mais extensa e contar com elementos que a deixe mais competitiva. Muito se deve em função dos motores e das preparações deixarem os jet mais potentes, fazendo com que as provas sejam cada vez mais rápidas. Em 2013 tivemos no Paraguai o tradicional boi no rolete, agregando a gastronomia ao evento náutico.
Já no mesmo mês, contaremos com o PROLIFE Sul-Americano de Jet, realizado na cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul. O evento, que está em sua quinta edição, contará com novidades no já tradicional Open Lake e também na sua programação de atividades. Antonio Ilha, o organizador do evento, salienta que em 2014 conseguirá unir um número maior de pilotos em função da data ter sido definida com bastante antecedência, além de um staff determinado a fazer dessa edição um divisor de águas em relação aos anos anteriores. O Lago Guaíba tem seus diferenciais, e um deles é a dificuldade quando vem as marolas. Os pilotos já pilotaram no local são unanimes em dizer “…o Open Lake mais difícil do Brasil, é do Guaíba…” tornando o evento único, onde vale a técnica e experiência dos competidores. Para 2014 haverá uma mudança significativa no Open Lake, “não teremos mais a ida até a usina do Gazômetro”, ressalta Ilha, “mas um mínimo de 10 voltas entre a largada e a Ilha do Presidio além da troca obrigatória de pilotos e parada de dois minutos”. São inovações que trazem uma maior competitividade ao evento e que buscam atrair mais pilotos.
Mas esses três grandes eventos têm algo em comum, custos. E acreditem, não se faz um evento desse porte com pequenas quantias de dinheiros. Tenho acompanhado algumas planilhas de custos, e fico surpreso com as despesas e preços cobrados por prestadores de serviço. Desde a ambulância até seguros de vida, os valores envolvidos são significativos, deixando os organizadores obrigados a cobrar as famosas inscrições. As entidades oficiais como BJSA e ARJS por exemplo, necessitam de recurso para poder manter as atividades fora da raia de competição. Quando um representante de qualquer entidade vai em busca de apoio, cidade para realizar o evento, cobrar valores de anos anteriores, viagens, quem paga ou melhor, quem deveria pagar as despesas? No meu entendimento, a entidade, pois está a serviço da mesma. E se a associação precisa estar representada por um advogado, quem paga os honorários e demais despesas? Sem dinheiro em caixa, fica inviável que as mesmas possam organizar eventos esportivos de qualidade. Não quero e nem irei entrar nessa polêmica de custos x valores x premiações x inscrições, quero seguir defendendo o esporte e as entidades que vejo muito esforçadas. Atualmente todos sabem que os eventos desse nível só saem do papel com a ajuda financeira dos municípios aliado a cobrança das inscrições, e isso não é nenhuma novidade muito menos segredo. Os recursos adquiridos não podem se limitar às provas, mas sim deixar dinheiro em caixa para as despesas de manutenção da entidade.
Mas infelizmente existe uma “indústria” de boatos sobre valores x patrocínios que inunda esse meio, estragando muitas vezes a festa. Todos têm uma teoria conspiradora contra as entidades e organizadores, iniciando com a ideia esdruxula de “fartura de recursos” e por aí vai. A iniciativa da BJSA para a próxima etapa de não cobrar inscrições e sim apenas filiação é um começo e merece ser exaltada. Esperamos que para as próximas edições não apenas a BJSA, mas outras entidades possam fazer o mesmo ou quem sabe diminuir os valores de inscrição. E claro, poder contar com o apoio das montadoras como Kawasaki, Sea-Doo e Yamaha além de lojistas já engajados nesse processo de apoio aos eventos.
Tanto para o Campeonato Brasileiro de Jet, quanto para o V PSA, o portal JetskiNworld.com e Photojetski desenvolveram um aplicativo para todas as plataformas. Assim os internautas poderão se conectar via smartphones e tablets com informações na palma de suas mãos. Para fazer o download basta acessar os QR CODE respectivos e aproveitar mais essa inovação.
Precisamos é dar credibilidade as entidades e esperar as informações oficiais; fofocas e “diz qui mi diz” são barreiras para a evolução esportiva e convivência sadia entre todos.
QR CODE V PSA
QR CODE Campeonato Brasileiro de Jet
Ricardo Fuchs é fotógrafo da JetSkiNworld & Photojetski e viaja o mundo atrás das impressionantes imagens das competições de jets
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