Desafio em Ilhabela


A Semana de Vela de Ilhabela exige atenção das tripulações do começo ao fim. Com regatas de longo e médio percurso, além das de barla-sota – vai e volta, o velejador precisa se adaptar às constantes mudanças de vento e corrente, que fazem os barcos andar. Após as dificuldades da véspera – com cancelamento de provas e quase sem nenhuma rajada, as provas desta quarta-feira (6) ocorreram normalmente na Ponta das Canas, no extremo norte do Canal de São Sebastião. A característica principal do quarto dia do maior evento de vela oceânica foi o vento rondado.
”Para barcos iguais que não têm muito diferencial de velocidade, do primeiro ao último na raia, as provas são muito próximas. Com vento rondado a atenção das tripulações aumenta, pois é possível perder posição numa cambada”, explicou Breno Osthoff, tático do Cloud Nine, da classe J70.
Segundo Cláudio Buckup, gerente de regata da Semana de Vela de Ilhabela e da Rio 2016, as provas com vento rondado são menos justas. ”Quando ronda o vento, entra o fator sorte, fincando muito imprevisível, também”.
Campeão da última edição da Semana de Vela na classe ORC, o uruguaio Cristabella foi um dos primeiros a voltar ao Yacht Club de Ilhabela depois do dia de ventos rondados. “Tem sido uma semana difícil com bastante variação de vento. A regata de Alcatrazes teve muito pouco vento, e bem variável. Depois o vento acabou e nesta quarta-feira rondou. O clima para a gente é muito bom em Ilhabela. Estamos felizes por estar aqui”, disse Martin Meerhoff, comandante do Cristabella. O barco é o quarto na classificação, após três regatas. O Carioca (Roberto Martins) está na liderança.
A classe HPE 30 tem um barco com aproveitamento de 100% em quatro regatas: o Phoenix, de André ‘Bochecha’ Fonseca. ”Treinamos muito e estamos velejando bem. Foi mais um dia bom nesta quarta-feira”. Suzuki IV, de José Roberto de Jesus, está em segundo com cinco pontos. atrás.
Na classe C30, a organização do evento decidiu cancelar a primeira largada, pois o vento rondou muito para a direita, dando vantagem aos barcos posicionados nesta direção. Com a nova largada, o barco Loyal teve o melhor desempenho do dia. “Velejamos bem apesar do vento rondado. Na largada ficamos um pouco atrás, mas nos recuperamos no contorno de boia e cruzemos bem na frente”, disse o comandante Marcelo Massa, segundo colocado. O Katana, de Cesar Gomes Neto, lidera a categoria.
Na HPE 25, o Ginga, de Breno Chvaicer, segue na liderança, vencendo mais uma regata no dia. O Dom, de Pedro Lodovici, também conseguiu vencer uma das provas, mas está em quarto no geral. Já na J70, Viking, de Haroldo Solberg, e Cloud Nine, de Phil Heagler, empatam na ponta.
Mais uma classe de rating da Semana de Vela de Ilhabela, a IRC tem o Rudá, de Guilherme Hernandez, na liderança.
Nos Clássicos, o Aries III, de Alex Calabria, é o primeiro com duas vitórias e um segundo lugar.
As regatas das classes Bico de Proa e Clássicos fizeram apenas um percurso de barla-sota – ida e volta, mas a comissão alterou para 4,5 milhas cada perna. Já para o restante da flotilha foram duas regatas com 2,5 milhas e quatro pernas.
Entre os RGS, o Sargaço lidera na categoria, RGS A, o PI Clube na RGS B, o Zephyrus na RGS C e o BL3 na RGS Silver.
Os resultados completos estão disponíveis no site oficial do evento: svilhabela.com.br/2016/resultados.
Fotos Fred Hoffmann e Aline Bassi/Fotop/Divulgação
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