Desafio na Malásia
A passagem dos barcos da Volvo Ocean Race pelo Estreito de Malaca tira o sono dos velejadores. O local, que fica entre a ilha de Sumatra e a Malásia, é considerado o maior pesadelo da terceira etapa da Volta ao Mundo. Apesar de conhecer os perigos do local, os atletas precisam ficar em alerta o tempo todo, já que a poluição na água e os riscos de colisão com outras embarcações são enormes. “São vários barcos de pesca e muito lixo na água”, alertou a meio holandesa e meio brasileira Carolijn Brouwer, integrante do Team SCA, equipe 100% feminina na regata. “Temos que ficar em alerta para não acumular lixo na quilha e no leme. Isso reduz a velocidade do barco”.
Carolijn Brouwer continuou: “O vento está muito fraco, o que é normal nessa área de Malaca. Quando passamos por zonas instáveis, nós somos obrigadas a fazer mais manobras para manter o barco andando”.
O brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca, que integra o espanhol Mapfre, também falou das dificuldades do Estreito de Malaca. “É um lugar bastante perigoso por causa da quantidade de barcos e navios por aqui. Hoje com sistema eletrônico, GPS e as informações de radar é possível evitar problemas. O maior perigo de passar por Malaca é velejar com muito vento e onda”, disse o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca. “A gente pegou pouco vento e o barco tem se movido pouco. Dá para controlar o cruzamento com os navios. Até agora tudo bem”.
O Mapfre de Bochecha teve de ancorar durante a manhã para evitar andar para trás. “A terceira perna da regata está emocionante, com os barcos adversários por perto. A todo momento trocamos velas e fazemos manobras. Tem sido muito difícil, pois o vento é imprevisível, principalmente à noite, deixando a gente bastante cansado”, destacou André ‘Bochecha’ Fonseca.
Na atualização da tarde desta quarta-feira (21), o chinês Dongfeng segue tranquilo em primeiro lugar, já embicando para fora da Malásia. Na sequência aparecem pela ordem: Abu Dhabi, Team Alvimedica, Team Brunel, Mapfre e Team SCA. A terceira etapa, entre os Emirados Árabes Unidos e a China, deve terminar na próxima semana. A passagem pelo local aumentou em alguns dias a estimativa de chegada. Por isso, as tripulações já começam a fazer o racionamento de comida a bordo.
Foto: Power Sport Images/Divulgação
Curta a revista Náutica no Facebook e fique por dentro de tudo que acontece no mundo náutico.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
“Fórmula 1” da vela atracará pela primeira vez na América Latina nos dias 3 e 4 de maio; Martine Grael comanda equipe brasileira
Flagra aconteceu numa praia na cidade de Perth, na Austrália; o animal é considerado raro pelas autoridades e sobreviveu
Através do aplicativo de NÁUTICA é possível fazer o download do material; confira os principais destaques da edição
Segundo jornal italiano, embarcação de 33 m do estaleiro Mangusta havia sido encomendada há 2 anos pelo piloto
Projeto da Golden Yachts aposta em áreas de bem-estar dos hóspedes para conquistar o mercado