Megaiate Utopia IV atropela e afunda petroleiro nas Bahamas
Vem das Bahamas a notícia de que o iate Utopia IV, de 63 metros, afundou o petroleiro Tropic Breeze, de 160 pés, nas imediações da Ilha New Providence. Segundo o relato do proprietário do iate, o multimilionário americano J.R. Ridinger, tudo ia bem a bordo até que a embarcação colidiu com a popa do tal petroleiro, que sofreu uma enorme avaria no casco e afundou!
A tripulação que estava no Utopia IV viveu então, momentos de Titanic, sem saber o que fazer, até que um outro megaiate que passava por lá, o Amara, resgatou todos que estavam no petroleiro antes que este afundasse. As consequências para o Utopia IV? Nenhuma.
Utopia, aliás, é um nome que dá sorte. Muita sorte! Que o diga um veleiro brasileiro da classe Cabo Horn 35, que já driblou um furacão e encarou até tsunamis.
Aparentemente, o Utopia era um veleiro de 35 pés como outro qualquer. Mas só aparentemente. Projeto assinado por Roberto Barros (o Cabinho), o barco já fez uma cruzeiro bate-volta até o Caribe com seu primeiro dono e depois deu uma volta ao mundo com o paulista Marco Cianflone. E foi justamente durante essas viagens que provou ser um barco com sete vidas, como um gato dos mares.
Com uma aparente vocação para estar na hora errada, no lugar errado, o Utopia já enfrentou um furacão, com ventos de 100 nós, no Caribe; resistiu ao choque com uma pedra na Indonésia; foi atropelado, sem maiores danos, por uma baleia nos arredores dos Penedos de São Pedro e São Paulo; e testemunhou os tsunamis que arrasaram a Ásia em 2005 — sim, ele estava lá, ancorado em Phuket, na Tailândia, e, mais uma vez, nada sofreu. E olhe que seu casco nem é de aço: é de fibra mesmo!
“Não foi nada heroico. O Utopia apenas deu um pouco de sorte. Quando percebi que algo não ia bem, puxei âncora liguei o motor e me afastei para o mar. Os tsunamis só matam quem está na praia”, minimizou Cianflone à época.
Não se tem notícia de embarcações com outros nomes tão resistentes e sortudas como esses dois Utopias.
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