Mapeamento ambiental

Por: Redação -
11/08/2016

O piloto de paramotor e ambientalista Lu Marini e sua equipe, formada por seis profissionais, partem para a região de Mariana, em Minas Gerais, no dia 29 de agosto, para dar início à expedição “Rastreando o Rio Doce”, que tem como missão relatar a situação do Rio Doce, mostrar o cenário da natureza no entorno, assim como registrar imagens inéditas e histórias de quem perdeu tudo e teve que recomeçar a vida.

Durante a expedição, um mapeamento será feito através dos voos, registrando importantes detalhes sobre a tragédia em toda a extensão do Rio Doce, além de entrevistar ribeirinhos, pescadores e pessoas que ainda hoje estão sofrendo, passados quase um ano do desastre. O objetivo é de passar por mais de 220 municípios encerrando a atividade na foz do rio em Regência, no Espírito Santo, após aproximadamente 23 dias.

“Essa expedição será emocionante e desafiadora. Estarei frente a frente a maior tragédia mundial da mineração. Quero contar detalhes da história dos moradores e como estão vivendo atualmente. Espero encontrar no caminho pessoas que, de alguma forma, conseguiram dar a volta por cima e hoje, apesar dos problemas, voltaram a sorrir e a ter esperança de dias melhores”, comenta Lu Marini.

A expedição resultará em um documentário e um livro, que serão lançados em abril de 2017, quando acontecem as comemorações pelo aniversário do Rio Doce.

O Desastre

Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana (MG) fez com que uma enorme onda de lama, com mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, atingisse mais 40 cidades no entorno do Rio Doce. O desastre resultou no sumiço de algumas cidades, como Bento Rodrigues, que foi completamente devastada, deixou 19 mortos, 1 desaparecido e 1 500 hectares de matas próximas a rios devastadas.

Com cerca de 850 km de extensão, seu curso representa a mais importante bacia hidrográfica totalmente incluída na Região Sudeste. Suas nascentes estão localizadas na Serra da Mantiqueira, no encontro do Rio Piranga com o Rio do Carmo.

Projeto Rios

Em 2014, Lu Marini deu início ao Projeto Rios, decolando para sobrevoar toda a extensão do rio mais poluído do Brasil. Foram mais de 1 100 quilômetros sobre o Tietê, conhecendo de perto os problemas da poluição que o rio enfrenta, além de presenciar a maior seca dos últimos setenta anos.

No ano seguinte, o piloto de aventura decolou para sobrevoar o Rio São Francisco, da nascente, localizada na Serra da Canastra, até sua foz na divisa de Alagoas e Sergipe. Foram 30 dias e quase 3 000 quilômetros documentando a situação atual de um dos cursos d’água mais importantes da América do Sul.

Já em março de 2016, o piloto sobrevoou o Rio Paranapanema, considerado um dos rios mais limpo do estado de São Paulo.

Outros importantes rios serão sobrevoados pelo piloto, entre eles, Xingu, Tocantins, Araguaia, Paraná e Amazonas.

Foto: Divulgação

Assine a revista NÁUTICA: www.shoppingnautica.com.br

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Navio de cruzeiro fica preso na Irlanda por 4 meses e passageiros anunciam casamento

    Parada técnica do cruzeiro Villa Vie Odyssey rendeu a Gian Perroni e Angela Harsany um novo rumo além do programado roteiro mundial de 3 anos

    Senna, além de ídolo das pistas, também acelerava sobre as águas

    Piloto brasileiro de F1 participou ativamente da construção de seus 3 barcos; um deles, Ayrton jamais conheceu

    Embarcação dos anos 60 vai virar restaurante flutuante de luxo no Rio de Janeiro

    Novidade teve investimento de R$ 10 milhões e promete centro de eventos, bar rooftop e área vip na Marina da Glória

    Seychelles: ilha paradisíaca será sede da Copa do Mundo de Futebol de Areia

    Essa será a primeira vez que um país africano receberá a competição, que acontece de 1º a 11 de maio de 2025; hexacampeão, Brasil briga por vaga

    Pela primeira vez, baleia mais rara do mundo começa a ser estudada por cientistas

    Animal só foi encontrado sete vezes ao longo da história, o que o torna um verdadeiro enigma para a ciência