Motores da Volvo Penta impulsionam balsas híbridas na Escandinávia
O estaleiro norueguês GS Marine Production AS está construindo três balsas híbridas com motorização Volvo Penta. A empresa está entregando soluções híbridas para operadores como Strandfaraskip Landsins e Norled AS, com a ajuda da Volvo Penta e da Brunvoll, um provedor de sistemas de propulsão, posicionamento e manobra. No total, estas embarcações emitem 80% menos NOx do que as anteriores que cobriam a mesma rota.
A GS Marine está atualmente construindo uma nova balsa para o operador das Ilhas Faroe, a Standfaraskip Landsins. O barco contará com a motorização composta por dois Volvo Penta D13-700 IMO III, com potência de 515kW a 2.250 rpm. Eles estarão acoplados a um sistema de controle híbrido Brunvoll, permitindo que a embarcação opere somente nos motores ou com eletricidade, ou até mesmo com ambos juntos.
Ainda em fase de fabricação, esta balsa não terá conjuntos geradores diesel, uma vez que os motores conectados às caixas de marchas agirão como geradores. Isto significa que os motores Volvo Penta fornecerão toda a energia consumida a bordo, além da facilidade “plug-in” quando o barco estiver no porto. Por proporcionar um nível de emissões próximo ao zero, além de alcançar altas velocidades em mar aberto, esta balsa será um acréscimo à crescente frota de embarcações hibridas da Strandfaraskip.
Esta não é a primeira vez que a GS Marine constrói uma embarcação híbrida. Em abril de 2019, a empresa entregou a primeira de duas balsas híbridas para o operador norueguês Norled AS. Tendo recentemente assinado um contrato de dez anos para operar a rota Haugesund-Røvær-Feøy, a Norled investiu nesta nova tecnologia. A balsa de Fjordled é a primeira embarcação híbrida a operar na Noruega, e sua balsa irmã, Fjordöy, está agendada para se juntar a ela no final deste ano.
A motorização é feita por dois Volvo Penta D13 MH, cada um gerando 441 kW a 1900 rpm. A balsa Fjordled usa motores Volvo Penta IMO em conformidade com as normas de emissões Tier III. O motor Volvo Penta IMO III e o conceito de pós-tratamento são uma solução global para operadores marinhos comerciais. O sistema Selective Catalytic Reduction (SCR) está baseado tanto na experiência da própria Volvo Penta na motorização de aplicações industriais “off-road” como na ampla experiência do Grupo Volvo.
Além dos motores a combustão, a embarcação dispõe de dois motores elétricos com potências de 85 kW a 2.100 rpm montados diretamente sobre as redutoras. O conjunto de baterias tem com uma capacidade total de 140 kWh. Devido à grande capacidade das baterias, não há necessidade de usar geradores convencionais para geração de energia elétrica, permitindo o abastecimento ininterrupto para os sistemas elétricos e eletrônicos embarcados.
“Em modo bateria, o Fjordled alcança até 11 nós, porém somente 6 a 7 nós são suficientes para navegação portuária,” explica Ingebjørn Aasheim, arquiteto naval da GS Marine. “Em modo bateria, a balsa é quase silenciosa, o que é muito apreciado pelos moradores ou ao passar por marinas. A navegação portuária compõe cerca de 30% da operação. Usar propulsão elétrica gera um melhor perfil de carga dos motores que, com o tempo, resulta em menos necessidade de manutenção”, diz o arquiteto.
“Os motores Volvo Penta também operam em combustível HVO além de diesel,” explica Richard Johansson, gerente de vendas na Volvo Penta. “Ao combinar a tecnologia SCR com combustível HVO, não só o NOx é reduzido como também há uma redução significativa de emissões de CO2”, observa.
Esta movimentação em direção à eletromobilidade é vital para a Noruega alcançar sua meta de longo prazo de ser uma sociedade de baixo carbono até 2050, com uma redução de 80% a 95% de seus níveis de carbono. Os híbridos paralelos são boas iniciativas nessa direção. A Volvo Penta é um ator ativo no desenvolvimento da eletromobilidade marinha.
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