Mundial de Laser

Por: Redação -
11/05/2016

Multicampeão. Atleta consagrado. Considerado um dos melhores da história. E ainda com apetite. Aos 43 anos, Robert Scheidt vai usar toda sua técnica, experiência e vontade para lutar pelo 12º título mundial da classe Laser. O velejador brasileiro está em Puerto Vallarta, no México, para a disputa do campeonato que começa na quinta-feira, 12, e vai até 18 de maio. A fome por medalha, contudo, não será saciada em águas mexicanas. A grande meta do ano são os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“O Mundial é uma verdadeira maratona. São 14 regatas em sete dias, que exigem muito dos competidores. Espero um nível muito alto e vou procurar manter a regularidade para chegar ao final em condições de brigar por um lugar no pódio”, afirma Robert, que optou por não participar da etapa de Hyères da Copa do Mundo de Vela, no final de abril, na França, para se concentrar exclusivamente na preparação para o Mundial. “Optei por não ir para Hyères porque achei que seria demais, em função da proximidade com o Mundial. Considerei ser melhor usar este tempo para caprichar na parte física e técnica”, disse o bicampeão olímpico, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela.

O Mundial do México será realizado na mesma raia do Pan de 2011, competição que Scheidt não participou porque, na época, estava na classe Star, que não faz parte do programa pan-americano. Para se ‘aclimatar’, Robert chegou a Puerto Vallarta com uma semana de antecedência para se habituar com o regime de ventos e a raia, que ele não conhece justamente por não ter disputado o Pan há quatro anos.

A programação da temporada 2016 é composta por etapas. O Mundial é um dos maiores e mais importantes ‘degraus’ para chegar ao objetivo máximo do ano, a Olimpíada. E o planejamento incluí, ainda, um período de treinamento no Brasil. “Depois do Campeonato Mundial, terei um período de preparação no Rio de Janeiro, entre 15 a 25 de junho. Retornarei à capital carioca em 7 de julho, onde farei duas pequenas competições e entrarei na reta final de preparação até o início dos Jogos”, antecipa Scheidt, que mora no Lago Di Garda, na Itália, com a mulher, a também velejadora lituana Gintare Volungeviciute, e os dois filhos do casal.

O Mundial não é o primeiro degrau de Robert rumo aos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2016, ano de sua sexta Olimpíada, ele soma dois títulos consecutivos. Após vencer, no começo de janeiro, o Brasileiro de Laser, no Rio de Janeiro, o velejador conquistou, no fim do mesmo mês, seu sexto título em Miami da Copa do Mundo de Vela. Mais recentemente, no início de abril, garantiu a prata no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca na Espanha. Na carreira são 175 títulos – 86 internacionais e 89 nacionais – além de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze).

Robert Scheidt também obteve mais três vitórias recentemente. Embora não tenham o peso dos grandes resultados da temporada, ele ganhou velejando na Itália, em 15 de abril, dia do seu aniversário de 43 anos. “Foi um dia muito feliz. Estava com minha família e participei de uma regata no Lago de Garda e venci três provas, então, não podia ser melhor a comemoração do meu aniversário.”

Foto: Divulgação

Assine a revista NÁUTICA: www.shoppingnautica.com.br

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Superiate de estúdio polonês aposta em "popa rotativa" para conquistar o mercado

    Estrutura patenteada pela Opalinski Design House promete atender a desejo de proprietários e elevar a diversão no mar a outro patamar

    Esponja feita de algodão e osso de lula pode absorver 99,9% de microplásticos nas águas

    Desenvolvido pela Universidade de Wuhan, na China, produto empolga também por ser acessível

    Ilha deserta há 30 anos ganha condomínio flutuante com contêineres

    Com soluções sustentáveis, local abriga cerca de 100 moradores na Dinamarca

    Evento com especialistas debateu regularização de marinas em São Sebastião

    Realizado em dezembro, encontro teve ainda autoridades e empresários do setor e foi promovido por Fórum Náutico Paulista e prefeitura

    Plastisfera: poluição plástica nos oceanos gerou novo ecossistema potencialmente perigoso

    Os impactos do biofilme gerado por bactérias em resíduos plásticos foi estudado na Antártica, um dos ambientes mais remotos do mundo