Arqueólogos encontram navio de guerra naufragado perto de Alexandria, no Egito

Por: Redação -
13/05/2022

Uma expedição de arqueólogos encontrou, perto de Alexandria, o naufrágio de um navio de guerra que data do século 2 a.C. Os profissionais do Instituto Europeu de Arqueologia Subaquática (IEASM) também descobriram os restos de um cemitério grego no local.

A descoberta na Baía de Qir, Egito, revela parte da cidade perdida de Heraclion, submersa há aproximadamente 1,2 mil anos. Alguns de seus artefatos tem mais de 2 milênios de história. O navio de guerra de 25 metros de comprimento encontrava-se no fundo da baía, coberto por 5 metros de lama.

A escavação resultou da parceria entre o IEASM e o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, contando com arqueólogos egípcios e franceses. Segundo publicação do ministério, o navio de guerra se movia por meio de vela e remos, como era comum às embarcações da Antiguidade que navegavam o Rio Nilo. A nau teria afundado em um canal próximo a um templo que desabou sobre o navio.

Arqueólogos encontraram vários artefatos no local do naufrágio / Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.

As ruínas do cemitério datam do século 4 a.C. e sugerem a existência de um assentamento de comerciantes gregos em Heraclion. A cidade já foi o maior porto do Egito no Mediterrâneo, superada apenas após a fundação de Alexandria, em 331 a.C. Heraclion acabou destruída por uma série de terremotos e grandes ondas que atingiu o delta do Nilo.

“Antes dessa descoberta, navios helênicos deste tipo eram praticamente desconhecidos entre arqueólogos”, comentou Frank Goddio, presidente do IEASM e líder da expedição. “A descoberta de embarcações rápidas do período ainda são extremamente raras, e o único outro exemplo até hoje é do Navio Marsala, que data do ano 235 a.C.”, acrescentou.

Peça de ouro descoberta no local do naufrágio / Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito.

Por Gabriel Caldini, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira.

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