No México
O primeiro dia do Campeonato Mundial da classe Laser foi uma verdadeira gangorra para Robert Scheidt. Nesta quinta-feira, 12, em Puerto Vallarta, no México, o velejador brasileiro começou, literalmente, queimando a largada. Com isso, ficou fora da prova e precisou testar a paciência e resignação para aguardar a segunda regata. E quando conseguiu levar seu barco ao sabor do vento, venceu. Nesta sexta-feira 13, ele espera fugir de qualquer azar, manter a regularidade para chegar ao último dia de disputas (18) na briga pelo título de melhor do mundo, o 12º de sua vitoriosa carreira na classe Laser.
Após a estreia de extremos, Roberto ocupa a 59º posição na classificação geral (o líder é o britânico Nick Thompson). “Na primeira regata, eu me posicionei entre os dois australianos (Luke Elliott e Jeremy O’connell), que aceleraram cedo. Eu acabei indo com eles e fomos penalizados pela comissão de regata. Não foi um bom começo e tive de ficar esperando. Mas na segunda eu velejei melhor, fiz uma boa largada, não muito agressiva, e ganhei”, disse o bicampeão olímpico.
Experiente e ciente que o Mundial é um disputa longa, com 14 regatas em sete dias, Robert deixou as dificuldades da primeira regata para trás e segue focado em ser regular e veloz ao logo da disputa nos mares do caribe. “O vento estava forte neste primeiro dia, entre 15 a 17 nós, e estou contente com a minha velocidade. Claro que eu queria ter começado o campeonato de uma forma mais consistente, evitando o que fiz na primeira regata. Mas já aconteceu, bola para frente. Agora é buscar a regularidade”, completou Scheidt, que teve a companhia de mais brasileiros na competição. Bruno Fontes terminou o dia em 13º lugar, enquanto Lucas De Bueno foi o 99º.
A programação da temporada 2016 é composta por etapas. O Mundial é um dos maiores e mais importantes ‘degraus’ para chegar ao objetivo máximo do ano, a Olimpíada. E o planejamento incluí, ainda, um período de treinamento no Brasil, entre 15 a 25 de junho. Depois, Robert retorna à capital carioca somente em 7 de julho, onde fará duas pequenas competições e entrará na reta final de preparação até o início dos Jogos.
O Mundial não é o primeiro degrau de Robert rumo aos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2016, ano de sua sexta Olimpíada, ele soma dois títulos consecutivos. Após vencer, no começo de janeiro, o Brasileiro de Laser, no Rio de Janeiro, o velejador conquistou, no fim do mesmo mês, seu sexto título em Miami da Copa do Mundo de Vela. Mais recentemente, no início de abril, garantiu a prata no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca na Espanha. Na carreira são 175 títulos – 86 internacionais e 89 nacionais – além de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze).
Foto: Fred Hoffmann
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