Noruega abre investigação sobre navio de cruzeiro que ficou à deriva
A Comissão de Investigação de Acidentes de Transportes da Noruega abriu, nesta segunda-feira (25), uma investigação para apurar o que aconteceu com o navio de cruzeiro “Viking Sky”, que ficou à deriva com quase 1,4 mil pessoas a bordo após registrar falha nos motores.
“A princípio, só abrimos investigações quando um navio afunda ou há mortos, mas o limite é mais baixo com os cruzeiros. O alto risco sofrido pelo navio, pelos passageiros e pela tripulação fez com que decidíssemos iniciar as averiguações”, disse o diretor da seção de acidentes marítimos da comissão, Dag Sverre Liseth.
Estados Unidos e Reino Unido consideram participar das investigações com suas agências, informou a comissão norueguesa. A bordo do navio estavam muitos turistas americanos e britânicos, o que contribui para o interesse dos países em integrar as investigações.
Com 1 373 passageiros e tripulantes a bordo, o Viking Sky, de 227 metros de comprimento, enviou um sinal de socorro às 10h, no sábado (23). Então, por volta das 11h30, equipes de resgate começaram a içar pessoas com helicópteros. Ao todo, 479 pessoas foram resgatadas até que o navio começasse a ser rebocado. Treze das vinte pessoas que foram internadas permanecem no hospital e uma está em estado grave, informou a agência Efe citando autoridades locais.
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O navio atracou no porto de Molde, na região oeste da Noruega, 26 horas depois de emitir o sinal de socorro. Na manhã de domingo, o cruzeiro conseguiu reiniciar três de seus quatro motores e, dessa forma, pode ser rebocado por outras duas embarcações por cerca de 80 km até o porto.
O litoral de Hustadvika, onde o navio ficou à deriva, é uma região complexa para a navegação, já que são frequentes os ventos e as correntes marinhas. Além disso, o litoral possui muitas ilhas e é recortado por fiordes. O local fica a algumas milhas marítimas da costa da região de Møre og Romsdal (no oeste da Noruega), uma região onde já ocorreram vários naufrágios.
No momento que registrou o problema, o “Viking Sky” navegava em condições meteorológicas difíceis e passava por uma zona com muitos recifes. Como a região é muito difícil, as autoridades estudam a construção de um túnel para barcos em uma montanha do litoral para evitar a navegação em alto mar. O projeto, destinado sobretudo a barcos menores, está paralisado por falta de financiamento.
O cruzeiro zarpou em 14 de março para uma travessia de 14 dias, partindo de Tromso, no norte do país, para Stavanger, no sul, de onde seguiria depois até Londres, no Reino Unido.
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