Passagem difícil
“É como se tivesse um monstro debaixo do barco. Ele faz o que quer com o veleiro. A corrente atrapalha os atletas e sacode o barco”. Essas foram as palavras do repórter a bordo do Abu Dhabi Ocean Racing, Matt Knighton. As primeiras 24 horas da nona etapa da Volvo Ocean Race foram lentas. Os times deixaram Lorient, na França, com destino a Gotemburgo, na Suécia. Um pit-stop está programado no meio do caminho em Haia, na Holanda. A última perna do campeonato definirá os medalhistas de prata e bronze, já que o Abu Dhabi Ocean Race é o vencedor por antecipação.
A tal corrente parecida com um monstro foi registrada pelas equipes na ponta mais ocidental da França. “Parece que a água ferve. Rios de corrente passam junto às manchas de água parada, como tapetes no mar. A maré mudou e nós estamos apenas tentando passar”, complementou Matt Knighton.
Para complicar ainda mais, o vento é bem fraco desde a saída de Lorient. Média de 3 a 4 nós de velocidade. A última parcial indicava Dongfeng Race Team em primeiro lugar, seguido por Mapfre e Team Brunel logo atrás.
As meninas do Team SCA foram as mais ousadas. Elas não rodearam a Ile de Seine por fora como o resto dos barcos e sim atravessaram o estreito canal francês. “O barco começou a se mover em várias direções. Com o vento fraco, a gente ia para várias direções por causa da corrente muito forte”, contou a repórter Anna-Lena Elled. O Team SCA é o sexto nesta etapa provisoriamente.
O vento deve aumentar nas próximas horas e subir de 15 a 22 nós. A previsão é que a flotilha chegue a Haia entre a tarde de hoje e a madrugada de sexta-feira (19). Eles param por 24 horas na Holanda e deixam o porto com destino a Gotemburgo na sequência em que chegaram.
Foto Francisco Vignale / Mapfre / Volvo Ocean Race
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