Marinha do Brasil vende porta-aviões por R$ 10,5 milhões para virar sucata

Por: Redação -
19/03/2021

O porta-aviões São Paulo, maior navio de guerra da história da Marinha Brasileira – com 32,8 mil toneladas e 265 metros de comprimento — que estava ancorado no Rio de Janeiro desde 2017, quando o governo desistiu de modernizar a embarcação e optou por vendê-la, foi leiloado por R$ 10 550 000, de acordo com informações do Auto Esporte.

 

A comercialização só foi efetivada na semana passada, com o aceite de um lance feito em um leilão virtual. Como é de praxe nessas negociações, o cliente é responsável pelo transporte da embarcação (que não é mais capaz de se deslocar por meios próprios) e deve, obrigatoriamente, desmanchar o navio, eventualmente lucrando com sua sucata.

 

Esse desmonte também deve, obrigatoriamente, ser feito em empresas credenciadas pela União Europeia e que atendam às rigorosas normas de coleta e reciclagem de resíduos tóxicos. Essa é uma exigência da França, país que construiu o porta-aviões em 1960 e o vendeu para o Brasil na virada do século com uma série de condições contratuais.

O porta-aviões era base de uma esquadrilha de aviões-caça McDonnell Douglas A-4, rebatizados pela Marinha de AF-1. Atualmente as aeronaves, ainda que adaptadas para pousar e decolar de navios, ficam baseadas em uma base aérea.

 

Mudar o nome, aliás, foi a tática da Forças Armadas para não ficar sem um porta-aviões na frota. No fim de 2020 a Marinha rebatizou o Porta-helicópteros Multipropósito Atlântico para “Navio aeródromo”. A troca foi justificada com o o argumento que a embarcação, fabricada em 1995 e comprada da Inglaterra em 2018, é capaz de receber aeronaves de asa fixa e pouso e decolagem vertical.

 

O detalhe é que há somente um aparelho capaz de atender a esses requisitos e pousar no Atlântico, o Boeing V-22 Osprey, um híbrido de helicóptero e avião que não está nos planos futuros da Marinha. O Lockheed F-35 é capaz de decolar na vertical, mas só levando pouco combustível e armamentos. Os fuzileiros norte-americanos operam o avião usando navios com rampas de decolagem, algo que o Atlântico não tem.

 

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Vista pra Copacabana e 20% off: conheça hotel oficial do Rio Boat Show 2025

    Visitantes do evento que acontece de 26 de abril a 4 de maio podem se hospedar no Pestana Rio Atlântica com desconto

    NX44 Design by Pininfarina fará estreia nos EUA durante o Miami Boat Show

    Estaleiro pernambucano ainda apresentará outras 4 lanchas no salão, que acontece de 12 a 16 de fevereiro

    Placas tectônicas podem estar se "rasgando" no fundo do mar; entenda

    Segundo pesquisa, os platôs submarinos do Oceano Pacífico possuem grandes falhas, se deformando muito antes do esperado

    Três jets são furtados de loja da Casarini na Av. dos Bandeirantes

    Crime aconteceu na madrugada de quarta-feira (5) no estacionamento da empresa, na zona sul de São Paulo

    Quase um terço dos animais marinhos da Antártica já ingeriu microplásticos

    Estudo aponta registros de ingestão de microdetritos pelos organismos marinhos datados de 1986