Testamos e comparamos os três infláveis de fundo rígido mais usados em lanchas e veleiros entre 26 e 36 pés. Saiba mais
Ter um bote de apoio, mais do que um conforto, é uma necessidade para quem tem uma lancha ou um veleiro a partir de 26 pés. Afinal, a partir desse tamanho, os barcos dificilmente podem chegar perto da praia ou de lugares com pouca profundidade, por conta do calado. No caso das lanchas, e considerando uma praia bem mansa e muito íngreme, pode-se até chegar perto da areia, levantando ao máximo a rabeta do motor. Porém, essa é uma situação difícil de ser encontrada na prática. Daí a necessidade de se ter uma embarcação menor para fazer o desembarque.
Por outro lado, ninguém está livre de sofrer um acidente durante a navegação, como bater o casco em uma pedra à flor da água, com consequências drásticas, como o barco rapidamente ir a pique. Assim, tanto para o salvamento como para fazer o transbordo dos passageiros do barco até a praia, e vice-versa, o bote de apoio é imprescindível. No caso de navegação oceânica, podemos ter uma balsa de abandono, em vez do bote inflável para emergências. Mas essa exigência é somente para embarcações que navegam a mais de 20 milhas da costa, como lanchas de pesca oceânica, que precisam ter a popa livre para trabalhar o peixe, além de espaço para os muitos equipamentos de pesca.
O problema, na hora da escolha do bote, é não ficar perdido diante das opções. Bote inflável ou bote de casco rígido: qual o mais indicado? E no caso de casco rígido, qual tipo de material: fibra de vidro ou alumínio? Bem, sabendo que um dos motivos de se ter o bote auxiliar a bordo é o salvamento, condição na qual a embarcação deve ter uma grande reserva de flutuação, eliminamos os botes de alumínio. Pelo menos para essa aplicação. Assim, devemos escolher um bote inflável ou um bote de polietileno com casco duplo, que, como o inflável, tem grande reserva de flutuação. No entanto, entre 2,20 m e 2,40 m não há modelos de polietileno no mercado brasileiro. O mais próximo é o bote de polietileno rotomoldado da Sboats, de Santa Catarina, com 2,10 m de comprimento. Embora bem resistentes e duráveis, os barcos de apoio totalmente rígidos precisam ser usados com cuidado, para não danificar o costado da lancha ou do veleiro, o que não acontece com os infláveis. Portanto, nossa escolha pendeu mesmo para os chamados “borrachudos”.
Entre os infláveis, coloca-se mais uma questão importante na hora da escolha: qual é o melhor tipo de fundo, flexível ou rígido? Os infláveis com fundo flexível são mais leves e podem ser dobrados, o que significa que podem ser guardados em um paiol dentro do barco. Por sua vez, os de fundo rígido levam vantagem na hora da navegação, porém devem ficar pendurados na popa, apoiados na plataforma ou mesmo içados até o flybridge, quando não guardados no convés na proa. Mas isso também pode ser visto como vantagem, pelo fato de o bote auxiliar estar pronto para o uso, o que é importante durante uma emergência.
Para esta avaliação, reunimos os três modelos de infláveis de fundo rígido mais usados nas lanchas e veleiros entre 26 e 36 pés (Flexboat Mini SR, Remar RM 2.40F e Zefir Wind F240) e aplicamos a mesma metodologia para todos. No comando, um adulto de 75 kg. Para empurrar, um motor Yamaha de 4 hp, dois tempos, com o pequeno tanque de gasolina, abastecido com metade da sua capacidade, acoplado ao propulsor. Confira nossa análise na edição de Náutica, disponível nas principais bancas e livrarias do país, na loja online e, também, na versão digital.
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