Surpreendente velejada pelo Rio Pinheiros marca lançamento do projeto Rota Polar


O projeto Rota Polar, idealizado pelo velejador Beto Pandiani e patrocinado pela Sabesp, foi lançado nesta quarta-feira (9), em São Paulo. Com o objetivo de discutir as mudanças climáticas e seus impactos socioambientais, o lançamento começou surpreendendo os paulistanos com uma velejada pelo Rio Pinheiros, que perdeu a qualidade com a urbanização na década de 1970 e vem sendo revitalizado.
A oitava travessia de Pandiani está programada para começar no final de maio deste ano. Nela, Beto retoma a parceria com o francês Igor Bely, que esteve presente em outras suas duas travessias: Oceano Pacífico e Atlântico.

Fechada pelo gelo nos últimos séculos, a Calota Polar vem recuando, intensificando o tráfego marítimo e movimentando também o tabuleiro das potências que tem seu litoral banhado pelo Oceano Ártico e acelerando disputas geopolíticas. Quais serão as consequências? Será um fenômeno cíclico ou tem relação com a emissão de combustíveis fósseis? Como, e se podemos mitigar este fenômeno?
Para responder a estas e tantas outras questões o Projeto Rota Polar vai muito além da travessia, que será o ponto de partida para uma série de atividades voltadas à educação e o meio ambiente. Entre elas a produção de um documentário, elaboração de artigos e publicação de um livro que retratarão o impacto ambiental, social, econômico e cultural do rápido desgelo do Ártico. Além das imagens captadas durante toda a travessia, que deve durar até setembro de 2022, o material produzido trará entrevistas com cientistas ligados a pesquisas no Hemisfério Norte como biólogos, meteorologistas, glaciologistas e historiadores. A produção do material é assinada pela Tocha Filmes e integram a equipe de filmagem os fotógrafos e documentaristas Alexandre Socci e Alberto Andrich.
“O nosso objetivo, além de mostrar que é possível navegar pela passagem nos verões, é produzir um documentário, artigos e um livro sobre o impacto ambiental, social, econômico e cultural do rápido desgelo do Ártico”.
Pioneirismo, tecnologia, sustentabilidade, educação, pesquisa, inovação e Gestão de Riscos envolvem o Projeto Rota Polar. “Nosso combustível é a força humana, o vento e a energia solar. As soluções tecnológicas atuais proporcionam uma viagem com baixo impacto ambiental”, fala Beto Pandiani, que sempre optou por viajar em pequenos barcos catamarãs sem cabine e sem motor. E desta vez não será diferente.
De diferente, o pequeno catamarã terá como complemento um sistema de pedal a fim de criar outra forma de propulsão além do vento para ultrapassar o gelo. “Pela minha experiência, em viagem anterior, sei que nos mares do Ártico teremos pouco vento por muitos dias”, explica Beto Pandiani sobre esta alternativa.

A saída está marcada final do mês de maio e o período crítico da viagem deve acontecer no final de agosto, com a chegada ao trecho normalmente bloqueado pelo gelo. “Uma vez liberado, o próximo desafio será cruzar para o Atlântico Norte, próximo a Groenlândia por águas abertas, onde termina esta etapa da viagem e começa a edição do material que, acredito, pode auxiliar na educação e concretização das mudanças pela sociedade e na urgente busca por alternativas sustentáveis para a nossa sobrevivência”, conclui Beto Pandiani sobre o Projeto Rota Polar.
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