Scheidt ganha mais uma regata e segue perseguindo o título da Copa Brasil
Robert Scheidt venceu mais uma regata e segue na briga pelo título da Copa Brasil em seu retorno à classe Laser. Nesta quinta-feira (22), no Iate Clube de Santa Catarina – Sede Jurerê, em Florianópolis, o bicampeão olímpico cruzou a linha de chegada na frente na primeira das três provas do dia, mas viu Bruno Fontes ser o mais veloz nas duas seguintes. Com isso, segue na vice-liderança, com 12 pontos perdidos, quatro atrás de Fontes, que tem oito. A classificação já leva em conta o descarte.
“Cada dia que passa me sinto melhor no barco, ganhando mais ritmo. Foi um dia desgastante. Passamos sete horas no mar, e sigo acreditando em minhas chances. Ficou mais difícil, porque terei que ganhar as próximas quatro regatas. Não é impossível, mas é difícil. O Bruno está velejando muito bem, com bastante velocidade. Mas vou lutar até o final”, avaliou o maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.
Scheidt ganhou a primeira regata desta quinta-feira e esteve perto de cruzar na frente nas duas seguintes, mas terminou com dois segundos lugares. “Eu estava na frente na segunda, mas o Bruno conseguiu me ultrapassar. Na terceira prova, eu larguei melhor e novamente estava na ponta, mas ele foi para o outro lado, se deu bem e ganhou novamente. Mas amanhã (sexta-feira, 23) vamos voltar para a água para mais um dia duro e vou buscar velejar melhor e lutar para vencer”, completa o bicampeão olímpico.
De volta – A participação na Copa Brasil marca o retorno de Scheidt à classe que o consagrou com duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004) e 11 Campeonatos Mundiais. A competição vale vaga para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e Robert segue com chances, mas avisa que sua meta não é essa. “Quero me divertir no barco que gosto muito e que me deu tantas conquistas. Nesse momento não penso em campanha olímpica e nem em Pan. Claro que vou lutar para obter o melhor resultado possível, mas sem pressão”, explica.
Robert Scheidt volta a disputar uma grande competição na classe laser após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Ele venceu a última regata, a medal race, mas terminou a competição em quarto lugar. Há dez dias, Scheidt conquistou o Sul-Americano de Star, no Rio de Janeiro, ao lado de Arthur Lopes.
A Copa Brasil de Vela 2018 é classificatória para os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 nas classes Fórmula Kitesurfe, Snipe Mista, RS:X Masculina, RS:X Feminina e Laser Standard. Já na Nacra 17, a competição vale vaga para o país e para os atletas no Pan.
Próxima parada, Bahamas – Após a Copa Brasil, Scheidt volta as atenções para a disputa da SSL Finals, em dezembro, nas Bahamas. Para essa competição, vai formar dupla como Henry Boenning, com quem conquistou o vice-campeonato em 2017.
Carreira vitoriosa – Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2016, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.
Maior atleta olímpico brasileiro
Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)
180 títulos – 88 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Paulista de Star.
Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000
Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012
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