Arquiteto canadense encanta o mundo com seus prédios-esculturas inspirados em velas de barcos

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Basta olhar para as fotos que ilustram esta reportagem para saber por que o canadense Frank Gehry foi eleito pela revista americana Vanity Fair o arquiteto vivo mais importante do mundo. São prédios que mais se parecem com esculturas gigantes, cobertas por placas de vidro ou por finas camadas de titânio, e que encantam o mundo com seu formato de velas de barcos, além de outras feições igualmente peculiares que parecem desafiar a própria lei da física. Como o icônico Walt Disney Concert Hall (na foto ao lado), de Los Angeles, cuja estrutura metálica (de aço inox) assemelha-se a um veleiro de mastro armado. Cartão-postal da cidade que fica ao sul da Califórnia, esse teatro reluzente é um dos exemplos do estilo desse genial criador, vencedor do Pritzker — o Nobel da arquitetura — em 1989, e que se mantém na vanguarda arquitetônica, apesar de seus 91 anos de idade.
Nascido em Toronto, no Canadá, em fevereiro de 1929 e há mais de 60 anos radicados nos Estados Unidos, Frank Gehry entrou para a história ao projetar, 23 anos atrás, o célebre Museu Guggenheim Bilbao, da Espanha, esculpido com 30 mil finas placas de titânio em forma de ondas, entrelaçadas de uma maneira aparentemente impossível. Algo de novo e revolucionário parecia estar acontecendo na arquitetura moderna. E o tempo confirmou essa impressão. Por suas mãos, a arte de construir ganhou outra dimensão, que os críticos batizaram de arquitetura-espetáculo.

Frank Gehry curte ser celebridade a aproveita a fama para criar mais e mais estruturas admiráveis apropriadamente chamadas de edifícios-esculturas. É possível ver espalhadas pelos quatro cantos do mundo esse tipo construção, muitas delas com o formato de velas. São obras fascinantes, surpreendentes, absolutamente fora do convencional.
É da autoria de Frank Gehry, por exemplo, o museu de arte e centro cultural da Fundação Louis Vuitton, em Paris — este, todo envolto em painéis de vidro curvis que lembram velas infladas pelo vento. Talhado para exibir a coleção do magnata do luxo Bernard Arnault, esse prédio-escultura tem seus 11 mil metros quadrados de galerias cobertos por uma casca formada por 3 584 painéis de vidro laminado, cada uma com um desenho diferente, especialmente curvo, o que resulta no aspecto de vela. No térreo, tudo se reflete em espelhos d’água. Uma cascata embaixo do prédio dá a impressão de que a construção é um veleiro atracando. Inaugurada em 2014, a obra desperta reações distintas. Para seus admiradores, Gehry produziu beleza e encantamento. Para os críticos, um mastodonte branco, símbolo máximo da onda de ostentação que varre o mundo da arte. Irritado, o arquiteto chegou a mostrar o dedo do meio para um grupo de jornalistas quando perguntaram se sua arquitetura não seria um “espetáculo vazio”.
Os prédios estonteantes de frank Gehry também servem como chamariz para o turismo. Paisagens urbanas desgastadas viram esculturas em suas mãos geniais
Também levam a sua assinatura a Dancing House (ou prédio dançante) de Praga, na República Checa; o Cleveland Clinic Building, de Las Vegas; o Hotel Marqués de Riscal, na Espanha; o edifício da Universidade de Tecnologia de Sydney, na Austrália; o Peix (Fish), de Barcelona; o Museu da Cultura Pop, de Seattle; e o Weisman Art Museum, de Minneapolis.
Vencedor do Pritzker em 1989, maior prêmio da arquitetura, Frank Gehry é muito requisitado para revitalizar paisagens urbanas desgastadas com suas esculturas de titânio e vidro. Seus prédios estonteantes também servem como chamariz para o turismo. Desde que o Museu Guggenheim Bilbao abriu suas portas, por exemplo, a cidade espanhola — antes sujinha, decadente, voltada para a siderurgia — passou a receber 1 milhão de visitantes por ano, por causa do museu.

A capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi, também entrou no radar. Na cidade repleta de modernos arranha-céus Frank Gehry está erguendo o maior Museu Guggenheim do mundo, que deverá chacoalhar o mundo das artes plásticas quando for inaugurado, provavelmente no ano que vem, na Ilha Saadiyat. Tal qual uma obra de arte, o prédio promete ser pura originalidade. Em 2005, o diretor Sydney Pollack fez um documentário, Sketches of Frank Gehry, com foco no trabalho e no legado do arquiteto.
Talvez você já tenha ouvido falar nele, sem ter sido por causa de seus prédios geniais. É que Frank Gehry também enveredou pela arquitetura naval. Há cinco anos, ao lado do argentino German Frers, ele projetou o veleiro Foggy, de 74 pés, feito de madeira aromática, repleto de detalhes em titânio e cristais, com um design incomum de treliça. O resultado foi um barco que não se parece a nenhum outro. Pura arte!

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