Plano turístico que pode salvar a Baía de Guanabara começa a sair do papel
Considerado um dos cartões postais mais famosos do Rio, a Baía de Guanabara está prestes a receber um plano de desenvolvimento de turismo náutico. O projeto foi desenvolvido pela diretora de planejamento e projetos urbanos do Instituto Niemeyer, Denise Vogel – que apresentou investimentos pontuais de atrativos turísticos para a região.
Com recursos dos Ministérios das Cidades e do Turismo para a Prefeitura do Rio, o programa será apresentado novamente por Denise neste ano em um seminário, pois, segundo ela, existem investidores náuticos que têm interesse em pôr em prática as ideias apresentadas.
No último mês, a Baía foi tema central de um seminário organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), onde foram discutidas questões como segurança pública, saneamento básico, resíduos sólidos, soluções baseadas na natureza, biodiversidade, negócios e estratégias de preservação e desenvolvimento socioeconômico da região.
“Esse plano teve por objetivo identificar a situação atual da Baía de Guanabara em termos de atracadouros, porque a baía de Guanabara por ser um ambiente muito extenso em termos de acidentes físicos geográficos lagunar está dividido em três partes. A primeira parte é que a gente chama de aberta, onde tem mais troca hídrica. A segunda parte a gente considera semiaberta mais ou menos até a Ponte Rio Niterói e a terceira parte de fundeio. O que a gente conhece, mas mesmo assim ainda pouco, é a parte aberta, que é onde tem os trechos com maiores investimentos hoteleiros, em bares e restaurantes, de equipamentos turísticos de um modo geral. Além de ser um trecho onde temos a Marina da Glória que é um importante ponto de embarque para um série de atividades não só particulares como coletivos”, explicou Denise.
LEIA TAMBÉM
>>Escola náutica promoverá curso de Meteorologia e Oceanografia no próximo mês
>>Comunicador satelital Spot X está com desconto inédito de dia dos pais
>>Estaleiro francês anuncia novos modelos de barcos a motor para 2020
De acordo com diretora do Instituto Niemeyer, o interesse do trabalho é também contemplar as partes mais interioranas da Baía.
“O objetivo do plano foi identificar onde tinham atracadouros e nesses locais, num raio de 500 a 1 000 metros, indicar os pontos de atrativos turísticos para que nós pudéssemos de alguma forma potencializar as atividades políticas da Baía de Guanabara. Porque uma coisa é o lazer contemplativo da baía, outras coisa são os pontos de interesse turístico que nós encontramos ou que podem ser encontrados e potencializados no seu entorno. No segundo momento era definir também pontos de interesse turísticos que não tivessem atracadouros mas que pudessem ser objetos de atracagem, e que pudessem no futuro receber esse tipo de investimento logístico para que ser potencializado uma série de atividades também de interesse turístico, como, por exemplo a Ilha do Sol, que é um ponto muito interessante mas que está abandonada, com muito lixo”.
Em março, um estudo inédito do Movimento Baía viva, concluiu que o descaso com o meio ambiente causa prejuízos bilionários para o Estado do Rio de Janeiro, provocando um rombo de R$ 50 bilhões por ano.
“Os pontos destacados para esse prejuízo são o dinheiro que entraria com o turismo na área; os gastos da sobrecarga no sistema de saúde, que precisa tratar doenças causadas pela exposição às águas sujas e pela falta de saneamento adequado; a falta de mobilidade urbana da produção e dos trabalhadores; o excesso de queima de combustíveis; as doenças da poluição do ar”, afirma Sérgio Ricardo, do Baía Viva.
Receba notícias de NÁUTICA no WhatsApp. Inscreva-se!
Quer conferir mais conteúdo de NÁUTICA?
A nova edição já está disponível nas bancas, no nosso app e também na Loja Virtual. Baixe agora!
App Revista Náutica
Loja Virtual
Disponível para tablets e smartphones
Para compartilhar esse conteúdo, por favor use o link da reportagem ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos e vídeos de NÁUTICA estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem nossa autorização ([email protected]). As regras têm como objetivo proteger o investimento que NÁUTICA faz na qualidade de seu jornalismo.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Através do aplicativo de NÁUTICA é possível fazer o download do material; confira os principais destaques da edição
Segundo jornal italiano, embarcação de 33 m do estaleiro Mangusta havia sido encomendada há 2 anos pelo piloto
Projeto da Golden Yachts aposta em áreas de bem-estar dos hóspedes para conquistar o mercado
Especialista no tema, Bianca Colepicolo analisa obstáculos para setor e propõe soluções para crescimento da área
Comandado pela campeã olímpica Martine Grael, equipe ainda registrou a maior velocidade atingida no 1º dia de regatas em Auckland