Conheça o brechó dos barcos de Paraty


Sim, é uma loja de equipamentos náuticos. De todos os tipos. Mas todos usados. O Garimpo Náutico, em Paraty, é aquele tipo de lugar que quem cuida da manutenção do próprio barco vai adorar visitar. E pode apostar que vai sair de lá com algo debaixo do braço. Trata-se do único brechó náutico do litoral paulista e carioca e oferece um portfólio de quase 4 mil itens (a maior parte deles para veleiros, embora também tenha muitas coisas para lanchas), todos devidamente “arquivados” na cabeça do dono do negócio, Pedro Campana, uma espécie de “catálogo náutico ambulante”. Ele criou a loja há mais de 20 anos, em Ilhabela, mas hoje a Garimpo Náutico fica logo na entrada de Paraty (tel. 24/3371-6575), onde virou parada obrigatória de todo mundo que tem algum problema no barco — e quem não tem? Hélices? Sim, tem. Cabos? Também. Bombas? Aos montes.
Vasculhando os seus corredores, atulhados de peças e não tão organizados quanto numa loja de marca, consegue-se garimpar (daí o nome do brechó…) bons negócios. Os preços são tentadores. Em média, 50% mais em conta do que produtos semelhantes novos, sendo que alguns equipamentos chegam a ser vendidos por apenas 20% ou 30% do que custa um zero e ainda é permitido pechinchar. “Quando a pessoa pede desconto, eu ligo para o dono da peça e retransmito a oferta, porque 90% do que tem na loja é deixado em consignação. Se ele concordar, eu fecho negócio”, diz Pedro.
Os preços baixos não são as únicas vantagens da loja. Tem, também, a incrível variedade de itens. “Se você peregrinasse atrás dos mesmos produtos no mercado de novos, levaria dias batendo pernas até achar tudo”, garante Pedro. “Aqui, dá para montar quase um barco inteiro num só dia”. A parte dedicada aos veleiros é ainda mais completa, com moitões e mordedores pendurados no teto, feito sachês de supermercados. Por serem equipamentos usados, obviamente, não há garantia. Mas Pedro faz questão de só colocar um produto à venda depois de uma severa avaliação nele.
O brechó não só vende como também aceita outros itens como parte do negócio ou mesmo à base de troca. Por isso, sempre tem intenso movimento, especialmente de velejadores, todos em busca de bons negócios ou daquela pecinha difícil de achar, mas que ali é sempre possível encontrar. Se você não consegue achar aquele cunho que precisa ser trocado no seu barco, ou o encontrou, mas não teve coragem de pagar o que pedem por um novo, que tal fazer como eles e também dar uma garimpada neste curioso brechó?
Foto: Fernando Monteiro
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Barco pertencia a magnata e era considerado seguro à época. Embarcação se partiu ao meio no ano de 1892
Estaleiro paranaense ainda promete anunciar no salão um modelo inédito no mercado. Evento acontece de 26 de abril a 4 de maio
Com parceria de 400 instituições, pesquisa explorou diversos pontos do globo ao longo de dez expedições em um ano e meio
Desempenho garantiu ao time brasileiro o 9º lugar no ranking. Etapa em águas brasileiras acontece nos dias 3 e 4 de maio
Marca italiana terá 5 barcos no salão, de 26/04 a 04/05, incluindo iate de Cristiano Ronaldo