Conheça seis construções em formato de barco espalhadas pelo mundo


Ex-navio de carga da Ford agora é uma mansão à beira d’água nos EUA
Construído em 1924, a pedido da Ford Motor Company, o navio Ford Benson foi usado por muitos anos para o transporte de minério de ferro da companhia. Depois de mais de meio século a serviço da Ford pelas águas americanas, o imponente navio foi desativado, em 1981. O casco — já sem os motores e outras peças, que foram removidas para serem restauradas e instaladas em outro navio —, foi vendido ao magnata Frank J. Sullivan, que pretendia recuperá-lo para voltar a navegar. Mas isso nunca aconteceu. Em 1986, Sullivan resolver dar um fim nada convencional ao antigo navio: removeu toda a superestrutura dianteira, incluindo o convés de proa, e a levou para a ilha de South Bass, em Ohio, para ser usada como casa de verão da família. Depois de uma tentativa fracassada de transformá-lo em um hotel, Sullivan decidiu passar a casa para frente, em um leilão. Os novos donos, Jerry e Brian Kasper, pouco mudaram a fachada da casa, menos ainda o interior, que se mantém praticamente o mesmo até hoje, como na época em que singrava as águas entre o Canadá e os EUA.
Atração às margens do Rio Paraná
Uma das principais atrações da pequena cidade argentina de San Nicolás de los Arroyos é esta casa, batizada de Irupé e construída nos anos 1960 pelas mãos do poeta Oscar Felipe Cafiero, onde viveu por mais de 30 anos com a mulher e quatro filhos até sua morte, há pouco mais de dez anos. A Irupé, que ganhou um poema especial do seu próprio criador, fica a menos de 100 metros da margem do Rio Paraná, na rua José Ingenieros, número 72, e costuma formar filas de turistas curiosos para conhecê-la por dentro, onde ainda vive — sem muita tranquilidade, diga-se — a família do poeta. São três andares, com quatro quartos, cozinha, sala de jantar e um terraço com uma vista privilegiada do rio — um dos lugares preferidos de Oscar a bordo.
A Roma nasceu inspirada no navio italiano de mesmo nome
O balneário de Pehuen-Có, no litoral da Argentina, ao sul de Buenos Aires, divide-se entre duas atrações: sua extensa faixa de areia batida e a casa Roma, construída em 1954 pelo imigrante italiano Luis Novelli, um dos passageiros do navio de mesmo nome, como forma de homenagear e registrar para sempre a viagem que mudou sua vida. Até a entrada da casa é igual à da embarcação, feita pela lateral, após subir uma escadaria de ferro. O interior é como uma casa comum. Tem cozinha, três quartos, terraço e até lareira, indispensável no rigoroso inverno da cidade.
Os entulhos de dois hotéis serviram para dar vida às casas gêmeas de San Diego
Essas são, provavelmente, as casas em formato de barco mais antigas do mundo. Foram construídas em 1925, de frente para o mar, na rodovia 101, em San Diego, na Califórnia (EUA), pelo engenheiro naval Miles Minor Kellogg. Para levantá-las, Miles usou pedaços de madeira recuperados de dois edifícios históricos da região que foram demolidos — Moonlight Beach e Encinitas Hotel. Não à toa, as casas foram batizadas em homenagem aos hotéis: SS Moonlight e SS Encinitas. Cada uma tem cerca de 1 100 metros quadrados e, até 2008, poderiam ser alugadas como casas normais. De lá para cá, no entanto, uma associação resolveu comprar as obras-primas, por cerca de US$ 1,5 milhão, com um objetivo bastante nobre: preservá-las como um patrimônio histórico da cidade.
Para evitar a peregrinação de turistas, a rua desta casa teve até que ser fechada com portões
São 680 metros de construção, cinco suítes, nove banheiros, duas cozinhas, piscina, salão de festas, vagas para até sete carros e um formato que, até pouco tempo atrás, deixava os vizinhos do bairro La Estrella, em Maracaibo, na Venezuela, de cabelo em pé. O motivo? Para comemorar a virada do ano, desde que saiu do papel, no fim dos anos 1960, a casa do aposentado da marinha mercante venezuelana, batizada de Capitão Martinez, se enfeitava de luzes pirotécnicas, atraindo peregrinações de turistas para o local. Recentemente, a rua foi fechada com portões em ambos os lados, para evitar a muvuca, e agora só pode ser visitada (pelo lado de fora!) com a autorização dos porteiros. Por dentro, nem pensar. Só em fotos. Mas, se você ficou curioso, saiba que a obra está à venda por cerca de R$ 20 milhões. Que tal?
Que tal se hospedar em um barco no topo de um penhasco?
O Double Eagle já foi, no passado, usado como barco de verdade no Golfo do Alasca. Hoje, faz parte de uma das acomodações oferecidas por uma rede de hotéis, a Alaska Adventure Cabins. Por cerca de US$ 385 por dia, você pode se hospedar em uma casa com duas suítes, sala de estar com um sofá-cama para mais uma pessoa, cozinha completa, acesso à internet sem fio e um flybridge pra lá de aconchegante e que costuma ser o ambiente mais disputado da casa. O motivo? Oferece uma vista incrível da baía de Kachemak, de montanhas cobertas de neve e do vulcão Augustine, uma ilha desabitada do Alasca. Uma combinação irresistível para as suas próximas férias.
Náutica Responde
Faça uma pergunta para a Náutica
Relacionadas
Maior lancha do estaleiro, modelo tem navegação firme e ágil, além de ótimo aproveitamento de espaços
Taxa de fertilização dos peixes medaka cai significativamente "apenas" depois da 10ª tentativa diária, diz estudo
Visitantes poderão conferir o barco em primeira mão durante salão, que acontece de 26 de abril a 4 de maio
Encontro que abre diálogo com a Marinha do Brasil acontece neste sábado (8), com seis palestras
Especialista Bianca Colepicolo analisa a atualização da Normam 212, que autoriza novo modal de negócios no Brasil