Desafiando limites

Por: Redação -
03/08/2016

Assim como os brasileiros, os velejadores de outros países sabem que a Baía de Guanabara guarda segredos e revela surpresas, de fato, inesperadas para quem singra suas águas. Nem todos os atletas gostam de dar entrevistas na fase de preparação ou, então, sem agendamento prévio com o comando de seus times e assessores de imprensa. Faz todo o sentido, porque estão focados nos treinos. Alguns, no entanto, não se furtaram a comentar sobre o que têm visto na área de provas da vela desta Rio-2016.

“Eu amo velejar aqui, é espetacular. O único problema é, mesmo, a sujeira”, opinou Luke Ramsay, skipper do barco canadense na Nacra 17. Na terça-feira, dia 2, ele treinava na Marina da Glória, na companhia do técnico, Ian Andrewes, já que sua proeira (lembrando que esta é uma classe mista), Nikola Girke, ainda não havia desembarcado no Rio. Ramsay ficou impressionado com o dinamismo da raia carioca. “O vento engana você porque muda a cada momento, vindo dos morros, em diferentes direções. Então, é difícil prever o que vai acontecer”, descreveu. E cravou: “Se você quer ser um bom velejador, veleje aqui, porque vai enfrentar todas as condições possíveis”.

O sueco Max Salminem (foto 1) chega ao Brasil supercredenciado — ganhou o ouro na classe Star, em Londres-2012, ao lado de Fredrik Lööf. Com a exclusão dessa categoria dos Jogos Olímpicos, Salminem migrou para a Finn, a mesma do brasileiro Jorginho Zarif. E, agora, tenta repetir o feito londrino, só que sozinho. Além de mudar de classe, o desafio para ele é ainda maior, considerando que apenas dois suecos conseguiram medalhas olímpicas na Finn: Rickard Sarby, em Helsinque-1952, e o ex-parceiro Lööf, em Sidney-2000. “Estou muito feliz de estar onde estou hoje, porque foi uma longa jornada, incluindo mudança de classe”, disse ele, que considera a Baía de Guanabara diferente, uma vez que se veleja perto dos morros e, por causa disso, “há uma série de truques locais que é preciso aprender”. “Dentro da baía, você pode estar em águas calmas ou agitadas e, fora dela, enfrentar grandes ondas”, analisou. “Não temos esse cenário na Suécia.”

Próximo dele, na manhã de hoje, o britânico Giles Scott (foto 2) preparava seu barco para ir para a água. “Estou atrasado”, disse ele, que não tem fama de ser paciente. Tetracampeão mundial na classe Finn, Scott é uma das maiores esperanças de medalha de seu país. Tanto que a imprensa inglesa considera que é o momento para que ele saia da “sombra” de Ben Ainslie, detentor de quatro medalhas de ouro e uma de prata, nas categorias Finn e Laser. Scott perdeu para Ainsle a disputa pela vaga em Londres-2012 e, agora, vive sua primeira oportunidade olímpica — e não quer desperdiçá-la. “Estar em uma Olimpíada é tudo o que um velejador persegue. E, como eu nunca pude estar em uma antes, quero estar pronto para vencer”, resumiu.

As competições de vela tomarão as raias da Marina da Glória a partir da segunda, 8, e irão até quinta-feira, 18. Os primeiros medalhistas serão conhecidos no domingo, dia 14. Outros grandes nomes da vela, como o australiano Mathew Belcher (foto 3), ouro em Londres-2012 e pentacampeão mundial na classe 470 Masculino, estarão dando tudo de si na água, em busca do pódio.

 

Fotos Divulgação

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