Esperança


Exatamente um mês atrás, um veleiro Van 41, de nome Tunante II, partiu dos arredores de Buenos Aires, com quatro argentinos a bordo, rumo ao Rio de Janeiro. Até agora não chegou lá, nem a lugar algum. Supostamente os quatro argentinos vagam à deriva em algum ponto da costa entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, depois que o seu barco capotou, perdeu mastro, leme e motor durante uma tempestade, na altura de Rio Grande, mas a mais de 300 quilômetros mar adentro. O último contato do grupo com os familiares aconteceu no dia 26, antes de a bateria do barco acabar de vez. De lá para cá, as buscas já foram oficialmente encerradas pela Marinha Brasileira, mas as famílias dos velejadores não desistem e os seguem buscando, através de um site de satélites na internet, o Tomnod, e com a ajuda comovente de um grupo de 50.000 voluntários, que pesquisam imagens no computador, dia e noite.
Luana Morales, filha de um dos velejadores, está no Brasil, tentando convencer a Marinha a retomar as buscas. Em entrevista ao site de NÁUTICA, ela listou os motivos pelos quais tem certeza de que eles ainda estão vivos e esperando auxílio. “Além de serem velejadores experientes, eles partiram com suprimentos para 15 dias, que, se racionados, podem durar bem mais do que isso, há um dessalinizador a bordo, para transformar água do mar em potável, levavam equipamentos de pesca e o último contato que fizeram conosco foi após a tormenta, e todos estavam bem, embora o barco tivesse perdido capacidade best online casino de movimentação. Neste momento, devem estar tentando uma navegação de fortuna, com velas improvisadas, enquanto esperam nosso auxílio e não vamos abandoná-los”, diz.
Na Argentina, o movimento pela busca dos velejadores virou um caso de comoção nacional, com campanhas até na televisão e coletas de assinaturas numa petição que já passa de 40.000 assinaturas, o que forçou a Marinha Argentina a retomar, ainda que timidamente, as buscas. Neste momento, há uma corveta e um avião procurando o barco, o que, no entanto, é pouco. Por isso mesmo, os velejadores argentinos agora estão arregimentando barcos, para partirem, por conta própria, em busca dos conterrâneos. É um movimento de solidariedade como há muito não se via no país. E a Marinha do Uruguai também já se mostrou disposta a mandar barcos para procurar os quatro argentinos.
Por enquanto, o Brasil aguarda maiores evidências do barco nas imagens de satélite que estão sendo pesquisadas pelos voluntários para fazer o mesmo. “Temos duas imagens que mostram um barco como o deles separadas por uma semana num raio de 30 milhas, que bem podem ser eles, mas não está muito fácil convencer as autoridades”, diz Luana, que, no entanto, não perde a esperança. Nem ela nem todos os milhares de argentinos que visitam a cada instante o site criado para a busca do barco Tunante II.
Foto: arquivo pessoal
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