Horrores aquáticos? Entenda a importância dos tubarões nos oceanos


Ao todo, mais de 1 000 espécies de tubarões estão vivas hoje, de acordo com Jasmin Graham, bióloga e coordenadora de projetos do MarSci-Lace no Mote Marine Laboratory, na Flórida (onde pesquisadores estão investigando como os tubarões curam rapidamente as feridas e como eles desenvolveram imunidade a muitas doenças).
Segundo pesquisas, uma em cada dez espécies é bioluminescente, ou seja, acendem no escuro. Outra, é tão pequena que você pode guardá-la no bolso. Alguns tubarões incham para parecer maiores e mais assustadores do que realmente são, já os tubarões-mãe têm gestações longas de 3 anos e há relato até de nascimento virgem, onde não se encontra material genético do pai no filhote.

Porém, se tudo o que você souber sobre os tubarões é o que aprendeu com Hollywood, o comum é pensar que eles são horrores aquáticos. Os tubarões têm um “gênero” de filme próprio, que os retratam como vilões monstruosos. The Shallows (2016), por exemplo, mostra uma surfista sendo brutalmente atacada por um grande tubarão branco vingativo, levando um grupo de cientistas marinhos a escrever uma carta aberta à Columbia Pictures avisando que o filme era uma perigosa descaracterização que poderia manter a maré da opinião pública voltada contra os tubarões.
De acordo com estudos, os tubarões não estão adaptados para serem presas nem predadores: eles crescem lentamente, passando a idade como adolescentes antes de atingirem a maturidade; possuem poucos ovos e dão à luz a poucos filhotes, não o suficiente para repor as populações em declínio. Aqueles que permanecem vivos podem passar décadas, até séculos, absorvendo poluentes e plásticos produzidos pelo homem.
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Os tubarões viram seu mundo se tornar mais quente: os tubarões da Groenlândia que nadam hoje em dia nasceram quando o Oceano Ártico estava vários graus mais frio. Na última contagem, um quarto de todos os tubarões e seus primos achatados, as raias, foram considerados ameaçados de extinção.
Graham enfatiza que os tubarões importam não apenas porque eles podem ser úteis para os seres humanos, mas também para ecossistemas oceânicos inteiros. Muitas espécies de tubarões demonstraram ser predadores fundamentais. Eles mantêm o equilíbrio nos ecossistemas e mantêm as coisas em ordem, removendo presas mais fracas e mais doentes e impedindo que uma única espécie exploda em números e assuma o controle.
Por Amanda Ligorio, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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