O Lady Lee, um dos mais famosos barcos do país, está à venda. Interessa?

08/01/2021

Para os apaixonados por barcos de madeira, esta notícia deve soar como música (e das boas): o Lady Lee, um dos mais famosos barcos do país, está à venda. E por um preço convidativo para um barco de seu porte (33 metros de comprimento, ou 108 pés) e com a sua história.

Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações

Projetado e construído na década de 1980 (foi para a água pela primeira vez em 1989), o veleiro foi por 10 anos a casa do saudoso dentista e velejador William Netto (irmão do artista plástico Wesley Duke Lee), que navegou durante todo esse tempo entre o Brasil e o Caribe, ao lado da mulher e dos filhos.

“Construí o Lady Lee para fazer charters, fiquei uns dois anos em passeios na Amazônia e, depois, fui para o Caribe. Os gringos ficavam loucos com ele”, relatou o William Lee à reportagem de NÁUTICA meses antes de morrer, em 2013.

Foi um destes estrangeiros que convenceu Lee a vendê-lo, em 2006. Na volta do Caribe, durante uma temporada em Salvador, o arquiteto italiano Umberto Baruzzi ofereceu mais de meio milhão de dólares e ficou com o barco. Que, depois, foi vendido para os atuais proprietários, o alemão Wilfried Josef Cyrillus Huser e a brasileira Nancy Rangel, que agora o colocaram à venda novamente, pelo Atlântico BR.

“Estamos colocando um valor bem atrativo para quem conhece e reconhece a embarcação como uma peça de arte. Esperamos encontrar a pessoa certa para ele e não os curiosos palpiteiros que se aproximam com a possibilidade de tirar vantagens”, conta Nancy. Que acrescenta: “Nunca fizemos charter ou qualquer outra forma de locação da embarcação, por não sermos desse segmento, e por essa razão dispensamos riscos desnecessários às nossas vidas”.

Leia também

» Compradores da North Sails poderão adotar recifes de corais ao realizarem suas compras. Confira

» Capixabas destacam desafios para uma das maiores expedições de canoa havaiana do Brasil

» Associação estadunidense dá dicas de como iluminar embarcações com segurança

Quem frequenta a Marina da Glória, no Rio de Janeiro, já deve ter parado para admirá-lo em algum momento, com seus três mastros e o casco arredondado de madeira ipê, formato típico de uma “lorcha” —como é chamada a curiosa mistura entre uma típica nau portuguesa do século 16 com o velame de pendão das antigas embarcações chi­nesas.

O Lady Lee tem três velas confeccionadas em Dacron importado, sendo uma genoa e três chinesas, além de um motor Mercedes MTU de 750 hp. Apesar dos mais de 30 anos de mar, está longe de ser uma relíquia náutica (até porque passou recentemente por mais uma grande reforma).

Tudo dentro dele é motivo de admiração, tanto em tecnologia quanto em conforto: a madeira brilhando nas anteparas e nos móveis, o desenho imponente, a decoração impecável e as obras de arte espalhadas pelos cômodos. São sete suítes (mais uma para os marinheiros, com quatro camas e roupeiro) e uma cozinha com nada menos que seis portas de freezer e duas geladeiras, além de algumas mordomias, como banheiras de hidromassagem, ar-condicionado, adega e um bar que salta aos olhos, tanto pela beleza como pela elegância de seu balcão e dos móveis de madeira.

“Perto da fama que tem, este veleiro até que está sendo vendido por uma pechincha”, avalia Bill Schepis, broker agente náutico especializado, da Atlântico Brokers.

Gostou desse artigo? Clique aqui para assinar o nosso serviço de envio de notícias por WhatsApp e receba mais conteúdos.

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Órgão do Mar: obra arquitetônica transforma ondas em música natural na Croácia

    Atração turística e arquitetônica, projeto de Nikola Bašić combina tubos sonoros a degraus de mármore para criar os sons

    Navio de cruzeiro fica preso na Irlanda por 4 meses e passageiros anunciam casamento

    Parada técnica do cruzeiro Villa Vie Odyssey rendeu a Gian Perroni e Angela Harsany um novo rumo além do programado roteiro mundial de 3 anos

    Senna, além de ídolo das pistas, também acelerava sobre as águas

    Piloto brasileiro de F1 participou ativamente da construção de seus 3 barcos; um deles, Ayrton jamais conheceu

    Embarcação dos anos 60 vai virar restaurante flutuante de luxo no Rio de Janeiro

    Novidade teve investimento de R$ 10 milhões e promete centro de eventos, bar rooftop e área vip na Marina da Glória

    Seychelles: ilha paradisíaca será sede da Copa do Mundo de Futebol de Areia

    Essa será a primeira vez que um país africano receberá a competição, que acontece de 1º a 11 de maio de 2025; hexacampeão, Brasil briga por vaga