MCP Yachts revela o Global Exp 68, seu primeiro veleiro, que acaba de ir para a água
Ícone da construção de iates com casco de alumínio no Brasil, a MCP Yachts — que já lapidou uma centena de barcos a motor, de 76 a 142 pés — decidiu dar vida a um veleiro, aproveitando a vocação tanto do seu presidente, Manoel Chaves, como do seu filho e braço direito, Damien. O resultado é esse: o Global Exp 68, todo de alumínio, que acaba de ir para a água, descendo a rampa de acesso do estaleiro, no Complexo Industrial Naval do Guarujá, em São Paulo.
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Concebido para ser comandado por uma só pessoa, apesar de seus 68 pés — para isso, a MCP adotou o conceito de raised salon com pilothouse, ou seja, uma sala de comando elevada no centro do barco —, o primeiro veleiro construído pela MCP Yachts busca unir conforto, requinte e tecnologia. Seu casco foi confeccionado com alumínio naval (liga 5083 H116), certificado internacionalmente pelo Lloyd’s Register, de Londres, e revestido de uma liga especial — que dificilmente se rompe em colisões. Mais leve e resistente, esse tipo de alumínio não absorve água. “É o nosso conceito de sustentabilidade”, diz Manuel.
A mastreação (da francesa Craft) é do tipo sloop (um mastro e duas velas), com três enroladores distintos para buja, genoa e gennaker. A área vélica pode ser comparada à de um barco de regatas — daí o Exp (de Explorer) do nome do veleiro. O objetivo é oferecer alto desempenho na hora cruzar os oceanos: a velocidade estimada de cruzeiro é de 10 nós, com ventos soprando na casa dos 15 nós.
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Por dentro, além do amplo salão, há quatro camarotes no convés inferior, com espaço e conforto dignos de uma lancha de luxo. Os móveis e anteparas remetem a um conceito que os projetistas chamam de “marcenaria inteligente”, com o uso de material compósito de baixa densidade, o que resulta em maior leveza e melhor desempenho do barco.
Outros diferenciais do veleiro, que tem 1,85 metro de calado: seu leme é duplo, permitindo eficiência e respostas rápidas mesmo quando adernado; e a quilha, pivotante (Swing Keel), amortece o impacto no caso de colisão, protegendo os lemes, o eixo e os hélices.
O resultado é um veleiro que tem tudo para agradar a quem gosta de vela e cruzeiro ao mesmo tempo. “Com ele, procuramos trazer para o mundo da vela o mesmo grau de conforto que nossos clientes encontram em nossos motors yachts”, explica Damien. A julgar pelas primeiras imagens, acertou em cheio na receita.
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