Mergulhadores amadores encontram tesouro romano no fundo do mar

Por: Redação -
04/10/2021

Dois mergulhadores amadores tiveram a sorte de poucos no mar: achar um tesouro. Os dois cunhados nadavam apenas com máscara e snorkel, explorando as águas de Xàbia, no Mediterrâneo, quando se depararam com uma pilha de moedas de ouro que datam da queda do Império Romano.

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O intuito de Luis Lens Pardo e César Gimeno Alcalá era apenas retirar lixo do local, principalmente para tornar a cidade costeira turística mais atrativa. Eles estavam em férias com as famílias quando alugaram os equipamentos de mergulho. Foi aí que Luís viu um brilho incomum vindo do fundo.

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Luis Lens Pardo e César Gimeno Alcalá

Ao descer para investigar, o turista encontrou uma moeda em um pequeno buraco e, depois de limpá-la, percebeu que ela tinha figuras romanas em uma das faces. Depois de mostrar o achado ao parceiro, os dois mergulharam em busca de mais tesouros.

Com a ajuda de um pequeno canivete suíço, a dupla desenterrou oito moedas de ouro. Elas foram colocadas em uma garrafa com água do mar e, no dia seguinte, mostradas às autoridades.

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A Universidade de Alicante e os dois mergulhadores, juntos, recolheram 53 moedas de ouro do fundo do mar, datadas entre 364 e 408 d.C. Além das moedas, eles ainda encontram três pregos de cobre e restos de chumbo deteriorado, que aprecem fazer parte de uma arca, onde as moedas estariam orginalmente armazenadas, de acordo com a Universidade.

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Jaime Molina, chefe da escavação e professor de história antiga da UA, disse que “conjuntos de moedas de ouro não são comuns no local. Moedas encontradas em perfeito estado de preservação, ainda menos”.

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Parte das moedas foram identificadas e associadas a alguns imperadores romanos. Valentiniano I (três moedas), Valentiniano II (sete), Teodósio I (15), Arcadius (17) e Honório (10). Existe também uma moeda não identificada. “Não há restos de navios naufragados na área onde foram encontradas”, diz Molina.

“Portanto, provavelmente foi um ato voluntário de ocultação dos bárbaros que avançavam, neste caso, os alanos. A descoberta nos fala de um contexto de medo, de um mundo que está acabando – o do Império Romano”

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O tesouro é uma das maiores coleções conhecidas de moedas de ouro romanas na Europa. De acordo com o estudo até o momento, as moedas devem ter pertencido a um importante proprietário de terras da região.

Jaime explicou que entre os séculos IV e V, as cidades estavam em declínio e o poder passou das grandes vilas romanas para o campo: “O comércio foi eliminado e as fontes de riqueza tornaram-se a agricultura e a pecuária. Diante do avanço das tribos bárbaras, um desses proprietários deve ter decidido recolher as moedas de ouro que não circularam, mas foram acumuladas para determinar a riqueza de uma família”.

Segundo o jornal El País, “depois de concluído o estudo, que tentará determinar toda a história econômica que as moedas podem proporcionar, tal como onde foram cunhadas entre os anos 360 e 409, a liga utilizada e a sua circulação, o tesouro será recuperado pela Universidade de Alicante, Instituto de Arqueologia e Patrimônio Histórico e, em seguida, exibido no Museu Arqueológico e Etnográfico Soler Blasco em Xàbia.

Por Naíza Ximenes, sob supervisão a jornalista Maristella Pereira.

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