MPF denuncia três britânicos por tráfico no caso de veleiro apreendido com brasileiros na África
O Ministério Público Federal (MPF) informou, na terça-feira (14) que ofereceu denúncia contra os britânicos George Edward Saul, Robert James Delbos e Matthew Stephen Bolton por tráfico de drogas no caso do veleiro que foi apreendido com brasileiros com uma tonelada de cocaína na África.
Segundo o órgão, os britânicos, sob a liderança de Saul, foram os responsáveis por acondicionar a droga no casco da veleiro, sem que os brasileiros contratados para transportar a embarcação soubessem. Dois baianos e um gaúcho chegaram a ficar presos por 18 meses após serem flagrados com a cocaína no arquipélago de Cabo Verde. A embarcação tinha saído de Salvador com destino à Europa, em agosto de 2017.
No final de abril, o inglês Robert James Delbos, suspeito de ser um dos responsáveis por colocar a droga no barco, confirmou, em depoimento à polícia, que os brasileiros não sabiam que a droga estava na embarcação e que são inocentes. Delbos foi preso na Espanha em junho de 2018 por ordem da Justiça brasileira e foi extraditado para Salvador no dia 11 de abril.
O MPF já havia requerido a prisão preventiva dos três denunciados em dezembro do ano passado, quando teve seu pedido parcialmente deferido pela Justiça Federal, que determinou a prisão de Saul e de Delbos.
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Após procedimento de extradição, Delbos foi encaminhado ao Brasil, para o presídio de Salvador. Saul está foragido, e quanto a Bolton, o MPF aguarda da Interpol as informações sobre a qualificação e endereço do denunciado.
O MPF ainda afirmou que processo judicial que apura a eventual participação no transporte da droga dos três brasileiros e de um francês – funcionários contratados como tripulantes e que estavam presentes no momento da apreensão – está em curso em Cabo Verde e não foi objeto de análise pelo órgão.
Os velejadores foram presos por tráfico internacional de drogas e condenados, em março de 2018, a 10 anos de prisão pela Justiça de Cabo Verde. Posteriormente, o julgamento foi anulado e, em fevereiro deste ano, os brasileiros foram soltos para responder ao processo em liberdade. O novo julgamento ainda não tem data marcada.
O MPF informou que, agora, aguarda que a Justiça Federal analise a denúncia contra os britânicos e decida pelo seu recebimento para que seja instaurada a respectiva ação penal. Sendo instaurada a ação, os denunciados passarão a ser réus e caberá ao juiz designado dar seguimento ao processo, o que pode resultar na condenação e na aplicação de penas aos denunciados.
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