Marinha dos EUA pretende criar uma frota de navios não tripulados, comandados por inteligência artificial
Automóveis sem motorista já são uma realidade — nos EUA eles até entregam pizzas. Aviões não tripulados, idem (quer dizer, fazem sucesso em operações militares, não entregam “redondas”). Assim, era só uma questão de tempo para que a onda dos “não tripulados” (que incluem os onipresentes drones) também chegasse ao mar. Recentemente, a IBM — em parceria com a britânica ProMare — anunciou que em setembro de 2020 o trimarã Mayflower cruzará o Atlântico Norte sem capitão humano ou tripulação a bordo. Por sua vez, a Rolls-Royce, famosa por seus carros, anunciou que está desenvolvendo navios de carga que não precisarão da presença de seres humanos para navegar. O intuito é que os capitães fiquem em terra e consigam manejar centenas de barcos, sem nenhum tripulante, ao mesmo tempo.
Agora, chegou a vez de a Marinha dos Estados Unidos (US Navy) investir na criação de uma frota de navios não tripulados, ou “navios-drones”, que será usada em missões bélicas. Foi o que revelou Andrew Nuss, funcionário da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA), ao jornal britânico The Times.
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Segundo o especialista militar, as embarcações não tripuladas (uma família de grandes e médios navios de superfície) terão na aparência diferenças mínimas em relação aos tradicionais. No entanto, dotados de inteligência artificial, poderão operar de forma autossuficiente, em longas travessias, sem precisar entrar em portos. Para evitar colisões no mar, elas poderão interagir entre si (sim, uma embarcação “conversará” com as outras), sem intervenção humana, seguindo o conceito da internet das coisas. Além disso, equipes humanas de passadiço (bridge) poderão trocar mensagens com os “navios fantasmas”, via rádio VHF.
Um protótipo do primeiro navio não tripulado da US Navy — conhecido como “NOMARS” para “no mariners” — deverá ficar pronto em 2023. O projeto está orçado em US$ 630 milhões, uma pechincha, se comparado ao custo de um destroier convencional da classe Arleigh Burke, orçado em US$ 2 bilhões.
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