Antigo rebocador de guerra vira iate de luxo e agora fará charter pela Polinésia Francesa

20/12/2021

Lançado em 1969 pelo estaleiro alemão Schichau Unterweser, o Arctic era um rebocador já cansado de guerra, em 1993, quando foi adquirido pelo milionário australiano Kerry Packer (1937-2005), que decidiu convertê-lo em um iate de luxo. Desde então, rebatizado Arctic P, a embarcação com casco de aço de quase 88 metros (287 pés) passou a despertar curiosidade e a ser admirada pela beleza e elegância que exibia por fora, como uma casca, mas sem que os mortais comuns pudessem ver o seu conteúdo.

Inscreva-se no canal de NÁUTICA no YouTube e ATIVE as notificações

Essa curiosidade, gradativamente, está sendo saciada pela mídia e por turistas caixa-altas, desde que — após uma reforma — o iate (registrado nas Bahamas) passou a ser alugado pelo sistema de charter (fretamentos a partir de 325 mil euros por semana), um procedimento comum entre os milionários europeus, para arcar com as despesas de manutenção e ainda contabilizar um bom lucro. Faz todo sentido. Afinal, manter uma embarcação como essa custa uma fortuna.

Gerenciado pela The Yacht Company (Y.CO) o Arctic P se prepara para fazer sua viagem de estreia como barco de aluguel, em 2022: um cruzeiro pela Polinésia Francesa. Para isso, irá acomodar 12 passageiros, além de 28 tripulantes. Os hóspedes serão divididos entre sete cabines, compostas de uma suíte do proprietário na proa, com 90 m², uma suíte VIP no convés principal, três camarotes duplos e dois gêmeos. Os itens de conforto incluem uma academia, uma biblioteca localizada no deck dos proprietários e um cinema multissensorial completo, com sistema de som de alta tecnologia e cadeiras vibratórias.

O convés superior, conhecido como “Monkey Island”, oferece visão de 360 ​​graus. O convés principal, à ré, conhecido como “casa de praia”, oferece uma área protegida multifuncional para uma variedade de atividades. Uma piscina aquecida e uma jacuzzi ficam lado a lado. A altura do piso da piscina pode ser alterada com o toque de um botão, que permite uma profundidade de dois metros para a prática de mergulho. Quando não estão em uso, as duas piscinas podem ser cobertas e niveladas com o convés de teca ao redor; ao mesmo tempo, a mesa de jantar pode ser baixada para receber um grande número de convidados.

O Arctic P abriga ainda oito jets e seis tenders, bem como SeaBobs, paddleboards, caiaques e uma área de equipamentos de mergulho. De rebocador de salvamento do passado, só sobrou o velho casco de aço, que também foi devidamente reforçado com chapas de aço de 50 mm na proa, para permitir a navegação por áreas inóspitas, como o Ártico e a Antártica.

Aliás, em 2015, os proprietários do superyacht embarcaram em uma aventura na Antártica para estabelecer um novo recorde mundial do Guinness para a viagem mais distante para o sul. Eles estabeleceram o recorde de 677 milhas náuticas do Polo Sul. De quebra, o Arctic P ganhou o Prêmio Voyager no World Superyacht Awards.

Não perca nada! Clique aqui para receber notícias do mundo náutico no seu WhatsApp

Náutica Responde

Faça uma pergunta para a Náutica

    Relacionadas

    Sucesso da Kapazi, cadeira flutuante estará no Boat Show de Foz

    De 28 de novembro a 1º de dezembro, acessório que atende de crianças a adultos atracará no salão ao lado de outros produtos recém-lançados da marca

    Natal e rock and roll! Evento nos EUA unirá música com desfile de barcos temáticos

    Pachtogue River Christmas Boat Parade levará embarcações natalinas e clássicos do rock a Long Island, em Nova York

    Para todos os gostos: 7 revestimentos da Kelson's estarão no Boat Show de Foz

    Agroquímica São Gabriel aposta na variedade para conquistar o público do salão, que acontece de 28 de novembro a 1º de dezembro

    Nova espécie de peixe sem olhos é descoberta em caverna subterrânea

    Encontrado na China, animal vive na escuridão, não possui padrão de cor e mede até 2,5 centímetros

    Toulon Náutica soma motores de popa Tohatsu ao seu repertório

    Equipamentos da tradicional marca japonesa prometem manutenção simples, com taxa abaixo de 3%