Em rara aparição, sapo com aparência celestial é fotografado no sul da Índia
Popularmente conhecido como sapo-galáxia, o anfíbio tem detalhes pontilhados que lembram um céu noturno; confira


Uma criatura que parece vir de outro planeta — ou melhor, de outro universo! Esse é o fascinante Melanobatrachus indicus, popularmente conhecido como “sapo-galáxia”. O motivo? Sua aparência, que lembra um céu estrelado à noite e visões dignas de um planetário.
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Mais raro do que o encontrar é fotografá-lo. Mas um sortudo e talentoso fotógrafo do reino animal conseguiu avistar esse que é um dos anfíbios mais difíceis de achar do planeta. O indiano Hadlee Renjith tirou alguns cliques do espécime e não deu outra — a publicação está com quase em 30 mil curtidas no Instagram.


As imagens foram feitas nas florestas úmidas de Munnar, no estado de Kerala, sul da Índia. Nas fotos, fica ainda mais evidente a origem do seu apelido: um espetáculo natural de cores e detalhes pontilhados por minúsculas manchas azuis que lembram uma constelação no céu noturno.
A aparência celestial lhe dá um destaque mesmo entre os anfíbios mais singulares e pouco conhecidos das florestas tropicais do sul da Índia. Vale ressaltar que a região exótica abriga animais como “sapos-dançantes” e um “fóssil vivo” de nome complicadíssimo: Nasikabatrachus sahyadrensis.
O Melanobatrachus indicus é a única espécie conhecida de seu gênero e pode ser diferenciada de Duttaphrynus melanostictus — popularmente conhecido como “sapo-cururu” — pela crista vertebral proeminente no primeiro, que não é encontrada no segundo.
De outro mundo!
Por mais que pareça de outra galáxia, este sapo está entre nós e vive na Terra. A espécie habita exclusivamente os Gates Ocidentais, uma cadeia montanhosa que se estende pelos estados indianos de Kerala e Tamil Nadu.


Geralmente, eles preferem altitudes entre 900 e 1.200 metros e se adaptam melhor a ambientes densos e úmidos. Como se não bastasse a aparência noturna, o anfíbio geralmente costuma ser encontrado à noite, escondido sob folhas, galhos em decomposição ou nas margens de riachos de fluxo contínuo.


A coloração azul escura, salpicada de marcas brilhantes, o ajuda quando se sente ameaçado por predadores. Para despistá-los, o sapo-galáxia encurva o corpo, mantém os membros colados ao tronco e permanece imobilizado, numa camuflagem que aumenta suas chances de passarem despercebidos de ataques.
Além de encantador, o sapo-galáxia desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico no ambiente florestal, ao se alimentar de pequenos insetos e outros invertebrados, como formigas e besouros.


Medindo apenas de 2,4 a 2,8 centímetros, o animal possui um terceiro dedo com o dobro do comprimento dos demais, sendo a quarta unidade bem curta.
Porém, o fato do animal ser raro já traz um fato preocupante: sua precariedade. O avanço da agricultura, o desmatamento e a construção de estradas têm destruído seu habitat natural. Tanto é que sua área de ocorrência reduziu-se para menos de 5 mil km².


Nesse sentido, a proteção das florestas úmidas dos Gates Ocidentais é vista como essencial para garantir a sobrevivência do sapo-galáxia — uma criatura biológica que ainda guarda muitos mistérios da natureza e desperta a curiosidade de cientistas e admiradores da natureza.
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