Submarinos particulares se tornam grande aposta das marcas estrangeiras
Duas marcas grandes internacionais já trabalham com este tipo de embarcação
Uma das novas formas de diversão para os amantes do mundo náutico, e que está ganhando holofote, são os submarinos particulares. Geralmente, os principais compradores são aqueles que já têm seu próprio barco e querem explorar ainda mais as profundezas do oceano.
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Atualmente, duas marcas já trabalham com esse mercado. Uma é a U-Boat Worx, que lançou o modelo Nemo 2 em 2020, que alcança até 100 metros de profundidade.
O submarino conta com quase três metros de largura e 1,55 de altura, onde duas pessoas podem viajar com conforto. O único porém é o valor da embarcação: 590 mil euros — convertido em reais, chega na casa dos R$ 3,3 milhões (valores consultados em novembro de 2022). Para quem não pode gastar tanto, mas quer ter esse lazer, uma opção é o Nemo 1, que leva apenas um passageiro e custa 545 mil euros — convertidos em reais, atinge cerca de R$ 3 milhões (valores consultados em novembro de 2022).
Bert Houtman, o CEO da marca, já tem uma longa história com submarinos: quando tinha 16 anos, ele pediu para revender o Flying Disk, um submarino muito parecido com o Yellow Submarine dos Beatles, para o famoso oceanógrafo francês Jacques Cousteau.
Desde então, um dos seus objetivos é “popularizar” esse tipo de embarcação entre o público.
A minha fórmula é conseguir unir um preço de custo baixo, sem prejudicar a segurança e o conforto dos clientes – Bert Houtman, fundador da U-Boat Worx
Os dois modelos Nemo possuem ar-condicionado, sistema de som e até câmeras para registrar fotos de qualidade. Com o intuito de ser mais atrativo, ele ainda tem reserva de alimento e de combustível, para qualquer tipo de emergência.
A marca ainda presenteia seus compradores com um curso intensivo de aulas teóricas e práticas sobre mergulho, próprios para esse tipo de atividade.
Em outra iniciativa, Houtman apresentou ao grande público o projeto do iate-submarino Nautilus, em setembro desse ano, durante o Yacht Show de Mônaco. Seria uma mistura de iate na parte de cima e submarino embaixo.
Conta com um salão, uma sala de jantar e um bar, tudo isso iluminado por uma grande janela frontal. Tem o preço estimado em 130 milhões de reais e o prazo de entrega é para daqui a quatro anos.
O motor da embarcação terá um sistema híbrido combinando diesel e eletricidade. Com todas as tecnologias, o Nautilus pode ficar parado até quatro dias e, se estiver em movimento, a autonomia é de até seis horas. A velocidade máxima embaixo d’água é de até 7 km/h.
Outro projeto da mesma marca é o UEWP (Under Water Entertainment Platform), um grande submarino com capacidade para até 120 pessoas. Segundo Bert, ele pode chegar até 200 metros de profundidade.
Como diferencial, há um restaurante subaquático, com 14 grandes janelas ao redor das mesas, voltadas ao oceano. Com seu design diferenciado, na parte de cima ele possui um amplo deck.
Pensando em atingir mais clientes, a U-Boat Worx criou um programa de personalização para cada modelo. Um deles foi o Super Sub, um submarino com uma dinâmica diferente e isso faz com que ele tenha a velocidade máxima de 10 nós. Ele pode receber até três passageiros, incluindo o piloto. Sua profundidade máxima é de 300 metros.
Até o momento, a concorrente direta da empresa holandesa é a americana Triton Submarines, que desenvolve submarinos desde 2008.
Ela é tão experiente no assunto que, em 2019, desenvolveu um submarino com casco de titânio — embarcação que levou o aventureiro Victor Vescovo a chegar a incríveis 10.930 metros de profundidade. O recorde aconteceu na região da Fossa das Marianas.
Outro modelo da mesma empresa foi escolhido para ser palco da cerimônia de um casamento em 2017. A festa foi realizada a 1.000 metros de profundidade.
O modelo usado por Victor pode levar o navegante à profundidade total do oceano. Para realizar esse tipo diferenciado de passeio, o submarino tem toda a segurança necessária. Outra inovação instalada é seu recurso completo de filmagem de ultra-definição, para que os exploradores possam ver perfeitamente tudo o que as profundezas escondem de nossos olhos.
Por Felipe Yamauchi, sob supervisão da jornalista Denise de Almeida
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