Praia imprópria: entenda como ela ganha essa classificação e os riscos para saúde

Trecho de mar sinalizado como impróprio para banho pode ser perigoso e ter águas contaminadas

19/01/2024
Foto: CETESB / Divulgação

Verão e praia é uma combinação perfeita. No entanto, ao chegar ao litoral não é incomum encontrar o mar sinalizado com bandeiras ou placas vermelhas. Isso é um aviso de que aquela praia está imprópria para banho. Mas você já se perguntou como é feita essa classificação?

Com o objetivo  de garantir que as praias estejam sempre sinalizadas adequadamente (como próprias ou impróprias), cada estado brasileiro com acesso ao mar conta com órgãos ambientais responsáveis por divulgar boletins sobre a qualidade das mais de duas mil praias do país. Em São Paulo, por exemplo, essa classificação é feita pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).

 

Para tirar bom proveito dos dias de sol — muitas vezes esperados por bastante tempo — é importante respeitar a sinalização e evitar o banho de mar quando uma praia se encontra imprópria. Isso porque águas contaminadas podem trazer riscos para a saúde.

Como uma praia é considerada imprópria?

Para classificar a qualidade da água, os órgãos ambientais avaliam a quantidade de bactérias fecais presentes no mar, conforme estabelecido pela Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

 

De acordo com a legislação ambiental, é necessário usar três indicadores de micro poluição fecal para concluir uma avaliação: os coliformes termotolerantes (também conhecidos como coliformes fecais), a bactéria E. coli e os enterococos.


Sendo assim, a água de uma praia é classificada como imprópria quando são detectadas concentrações superiores a 100 unidades de colônias dessas bactérias para cada 100 mililitros de água (100 UFC/100 ml), em duas ou mais amostras em um período de cinco semanas. Ou, ainda, quando o valor ultrapassa 400 unidades de uma única bactéria na última amostragem.

 

Semanalmente, os órgãos responsáveis emitem um boletim de balneabilidade contendo a classificação das praias quanto à sua qualidade. Essas informações são divulgadas através da imprensa e distribuída para diversos órgãos e entidades.

O que pode deixar uma praia imprópria?

Muitos fatores podem estar envolvidos no aumento de organismos que deixam a água de uma praia imprópria para banho. Entre eles estão o despejo de esgoto na água, chuva (responsável por levar sujeira para o mar), aumento no número de banhistas e muitos outros.

O que acontece se nadar em praia imprópria?

Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), após o banhista ter contato com a água contaminada, alguns sintomas podem surgir. Os mais frequentes são: náusea, vômito, dor de estômago, diarreia, dor de cabeça e febre. Nesses casos, o órgão recomenda procurar auxílio médico, caso os sintomas persistam.

Praia de Santos, no litoral sul de São Paulo. Foto: Envato

Vale ressaltar que o propósito das classificações é alertar os banhistas sobre os riscos que o contato com águas contaminadas pode representar à saúde — além de auxiliar na escolha do melhor local para entrar no mar. Então, ao ver uma sinalização de praia imprópria é melhor procurar outro lugar, para se divertir com mais segurança.

 

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