Uma nova Marina da Glória


As obras de revitalização da Marina da Glória, realizadas pelo grupo BR Marinas, seguem seu cronograma e continuam despertando o interesse da sociedade. Dentre as mudanças, o espaço que conta hoje com 167 vagas para barcos dentro da água e 73 vagas secas, passará para 415 e 240 vagas, respectivamente. O número de lojas também sofrerá mudanças, sendo reduzido de 40 para 24.
Em fevereiro, as obras se concentram nas escavações da área onde vai funcionar o futuro estacionamento de automóveis (510 vagas) da nova marina e no local onde serão instalados os hangares para vagas secas de embarcações. A opção por um estacionamento com dois andares foi tomada para que a atual área destinada a carros fosse diminuída, abrindo espaço para embarcações e mais verde.
Para que a obra fosse realizada – serão 236 vagas subterrâneas – a BR Marinas realizou um estudo ambiental, feito pela empresa BioVert, em que foram catalogadas 479 árvores e arbustos no terreno da Marina da Glória. Deste montante, foram necessárias 298 remoções, autorizadas pelos órgãos competentes. Como compensação, o grupo BR Marinas financiará o plantio de 3 082 novas mudas, em local determinado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Além do replantio e da contratação da BioVert, a BR Marinas contratou o escritório Burle Marx, responsável pelo projeto original do Parque do Flamengo, para fazer todo o paissagismo da nova Marina e do seu entorno – o grupo vai doar para a Prefeitura um projeto de recuperação de áreas que não fazem parte da concessão, como o parque dos piquiniques. Após o fim das obras, a Marina da Glória ampliará suas áreas abertas ao público e estará totalmente integrada ao Parque do Flamengo.
Orçado em R$ 60 milhões e totalmente custeado pela BR Marinas, responsável por outras quatro Marinas em funcionamento e duas em construção no país, o projeto é assinado pelo arquiteto Eduardo Mondolfo, que já trabalhou com Oscar Niemeyer (1907-2012) e é autor de prédios conhecidos, como o do Shopping Leblon e o Hotel Fasano.
Outro ponto em destaque para o melhor atendimento do setor náutico é em relação ao sistema de movimentação de embarcações em vagas secas e molhadas. Antes do início das obras, a Marina da Glória operava com trator e carreta para a movimentação das embarcações hospedadas. Porém, ao fim da revitalização, a operação passará a ser feita por empilhadeiras especificamente projetadas para esse fim (forklifts), que dispensam o uso de carretas, pois as embarcações são colocadas em berços universais. Essa qualificação no padrão operacional deixa o serviço muito mais seguro e eficiente, da mesma forma que é executado nas outras marinas do grupo (Verolme, Piratas, Ribeira e Bracuhy).
Imagem: BR Marinas/Divulgação
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