Na noite de 14 para 15 de abril de 1912, o mundialmente conhecido naufrágio do Titanic acontecia. O navio Titanic chocara-se com um iceberg no oceano Atlantico.
Uma das dificuldades enfrentadas pelos vigias e outros funcionários foi a demora na comunicação, o que certamente fez com que a tragédia fosse ainda maior. Contudo, um objeto sobreviveu desse acidente.
Em meio à tragédia, um instrumento musical foi eternizado na história do naufrágio: um violino que pertenceu ao líder da pequena orquestra da embarcação, Wallace Hartley. O qual, foi um presente de noivado de Maria Robinson a Hartley.
Além disso, uma placa de prata foi fixada no arremate do violino para comemorar o noivado do casal, em 1910, dois anos antes do naufrágio. Originalmente, estudos notaram que o violino tinha sido guardado numa mala, presa às costas do líder da banda no naufrágio.
Contudo, quando o corpo de Hartley foi recuperado pelo navio CS Mackay-Bennett, nenhuma documentação foi encontrada, o que tornou a identificação ainda mais desafiadora.
O diário de Maria, noiva de Hartley, contava com agradecimentos ao secretário provincial de Halifax por ele ter devolvido a ela o violino, três meses depois do naufrágio, numa anotação do dia 16 de julho de 1912.
Outra prova que comprovou a autenticidade do diário veio do censo britânico de 1911, em que foi registrado o endereço de Maria. Assim, a localização escrita no diário era a mesma.
No ano de 1939, quando Maria Robinson faleceu, sua irmã doou o violino e a mala para o Exército de Salvação. Lá, ele foi dado como presente ao mestre da banda, e depois repassado a um instrutor musical.
Sem saber a origem conclusiva do instrumento, os donos da casa de leilões consultaram especialistas de diversas áreas. Michael Jones, do Serviço de Ciência Forense do Reino Unido, afirmou que a corrosão do metal se devia à imersão do violino em água salgada.
Após as avaliações, a família Aldridge levou o instrumento para realizar uma pesquisa computadorizada minuciosa. Com o exame, diversas rachaduras foram reveladas no ‘corpo’ do violino, condizentes com o trauma do naufrágio.
Outra conclusão foi que a cola utilizada pela fábrica no violino era extremamente forte, capaz de resistir à água fria do mar.
O historiador escocês Stuart Kelly disse que a mãe de Hartley acreditava no filho morrendo agarrado ao violino, pois “ele era apaixonado por seu instrumento”. Wallace Henry Hartley, que morreu com 33 anos, integrou a tripulação do Titanic como maestro. Antes, ele havia liderado orquestras em pequenas cidades inglesas perto de Dewsbury, onde morava.
Por Amanda Ligório, sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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