Dicas e exercícios para não enjoar no passeio de barco
Ter aquele mal-estar no mar pode ser perturbador. Confira um guia de NÁUTICA para tentar não enjoar no barco
Só mesmo quem já teve vontade de se atirar na água e voltar nadando em busca de alívio imediato sabe, de fato, o quanto o enjoo no mar pode perturbar — bem mais do que apenas “incomodar”. Quando isso acontece, tudo o que se quer é sair dali. Mas há como não enjoar no barco?
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A resposta é sim! E, se serve de consolo, grandes navegadores também enjoam. Amyr Klink, por exemplo. Mas também é verdade que, com o tempo, o corpo se “acostuma” aos movimentos do barco e a pessoa passa a enjoar cada vez menos ou até não enjoar no barco. Tanto que já existe até um tipo de treinamento para isso, chamado “reabilitação vestibular”.
NÁUTICA reuniu algumas dicas e exercícios para você tentar não enjoar no barco ao passear sobre as águas. Confira abaixo nosso guia!
15 truques para (tentar) não enjoar no barco
Como é a sensação de enjoo?
O que causa o enjoo?
O que fazer se já estou enjoado?
15 truques para (tentar) não enjoar no barco
- Tome o remédio contra enjoo indicado pelo seu médico antes de dormir, na véspera do passeio, e quando acordar, antes de embarcar, já que os medicamentos são preventivos, não corretivos.
- Durma bastante e bem no dia anterior e não tome nenhum tipo de bebida alcoólica na véspera para não enjoar no barco. Cansaço e ressaca não combinam com o balanço do mar.
- Alimente-se normalmente antes do passeio, mas sem exageros. Estômago cheio provoca enjoo. Vazio demais, também.
- A bordo, evite gorduras, temperos, coisas demasiadamente salgadas ou bebidas com cafeína, como, por exemplo, Coca-Cola.
- Evite entrar na cabine ou olhar para baixo para não enjoar no barco. Pode dar tontura na hora. Se for sair para pescar, apronte todo o material antes de subir no barco.
- Se tiver que entrar na cabine, evite fazê-lo no início do passeio, a fim de permitir que seu organismo, pelo menos, se acostume um pouco com o balanço do corpo.
- Nem tente ler, fotografar, cozinhar, olhar pelo binóculo e ficar mandando mensagens pelo celular, porque tudo isso diminui as chances de não enjoar no barco.
- Escolha um lugar confortável e bem ventilado do convés para ficar. Mas sempre do lado de fora! É melhor sentir frio do que ficar zonzo dentro do aconchego da cabine.
- Mantenha o olhar fixo no horizonte, quando o barco estiver em movimento, sem ficar olhando para a água, e tente não pensar em nada.
- Não tente ficar compensando o balanço natural do barco com o seu corpo. Faça como se estivesse montado num cavalo: suba e desça com o movimento dele.
- Fique na popa, onde balança menos nos barcos pequenos, mas bem longe de qualquer tipo de fumaça de motor — o que, infelizmente, é frequente nas lanchas.
- Só coma alimentos fáceis de digerir e em pequenas porções de cada vez, durante o passeio. E beba bastante água. Ficar sem ingerir nada deixa a pessoa debilitada.
- Deitar logo após comer pode provocar náusea intensa. Dê um tempo após cada lanche. Mas, se o enjoo apertar, deite e fique de olhos fechados.
- Se enjoar, tente dormir. O sono ajuda a recuperar as forças, faz passar o tempo e permite conviver melhor com o mal-estar.
- Se resolver dar um mergulho no mar, evite beber água salgada, porque ela costuma provocar enjoo imediato — apesar de muitas pessoas dizerem o contrário.
Como é a sensação de enjoo?
Geralmente, o enjoo começa com um ou outro bocejo, acompanhado de uma leve tontura. Em seguida, o rosto vai ficando pálido e o corpo, pesado, como se estivesse fatigado. Logo depois, vêm as náuseas — que tanto podem ser leves quanto evoluírem para o vômito, dependendo do organismo de cada pessoa.
E o pior é que vomitar nem sempre traz alívio imediato. Muitas vezes, não traz alívio algum e ainda faz com que as outras pessoas também fiquem enjoadas. Ou seja, acaba o passeio de todo mundo e não apenas de quem está mareado. É um transtorno só!
Além disso, surge uma sensação de cansaço tão insuportável que tira a disposição até mesmo para conversar. Por isso, a pessoa enjoada quase sempre fica calada e recolhida num canto do barco (muitas vezes na cabine, o que é pior ainda, porque a falta de ventilação só agrava o mal-estar), na esperança de que o enjoo suma sozinho.
O que causa o enjoo?
Durante o enjoo no mar, não existe nada de errado com o estômago e sim com o cérebro, porque é ele que está recebendo informações contraditórias, principalmente dos olhos e do labirinto, uma parte do ouvido responsável pelo equilíbrio do corpo.
Assim, enquanto o labirinto informa ao cérebro que a cabeça está se movendo, os olhos mostram que tudo está parado. E é este conflito que embaralha o sistema nervoso central, que tem como uma de suas funções comandar os movimentos e a postura do corpo.
O resultado dessa confusão é uma espécie de pane de comandos e uma série de alterações orgânicas, como contração do estômago, secreção de sucos gástricos, tontura, suor frio, mal-estar, vômitos, fraqueza e palidez — que podem piorar muito se o enjoo for prolongado e o mareado acabar ficando desidratado. Daí a recomendação de, após seguidos vômitos, servir água para a pessoa mareada.
O que fazer se já estou enjoado?
Foi impossível não enjoar no barco? Então recomenda-se evitar fumar, comer doces, tomar café ou qualquer outra bebida à base de cafeína, como a Coca-Cola — que, inclusive, erroneamente costuma ser sugerida como antídoto para os desarranjos estomacais. Nada poderia ser mais bombástico para um mareado.
Deve-se, também, ficar sempre fora da cabine e onde o balanço do barco seja menos perceptível, como na popa, e jamais na proa, para não enjoar no barco. Mas é necessário fugir de cheiros fortes, como o de combustível ou comida, e tentar olhar só para o horizonte, evitando movimentar a cabeça.
Outro cuidado importante é sentar-se perto da borda de sotavento (ou seja, por onde o vento “sai” do barco), para, caso precise vomitar, o vento levar tudo para a água — e não para dentro do barco, o que fatalmente fará com que os outros passageiros enjoem e até vomitem também.
Entrar na cabine, ficar olhando para baixo ou tentar ler é tudo o que não se deve fazer. Procedimentos assim funcionam como um gatilho para o enjoo e levam, inevitavelmente, ao mal-estar estomacal.
Consultor técnico: Guilherme Kodja
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