Campeonato Brasileiro de Snipe 2017 chega ao fim em Ilhabela
Depois de cinco dias e nove regatas chegou ao fim em Ilhabela o Campeonato Brasileiro da classe Snipe 2017. Com o nível mais alto dos últimos tempos, era previsível que a disputa seria acirradíssima. O vencedor só foi conhecido na linha de chegada e o gaúcho Alexandre Paradeda, que velejou ao lado de Lucas Mazim, levou mais uma medalha de ouro para casa, a 11ª, com apenas um ponto de vantagem sobre Bruno Bethlem e Dante Bianchi, segundos maiores campeões brasileiros da história da classe com nove títulos.
“Cada campeonato tem sua dificuldade. Começamos muito mal, em 10º, e quando tudo parecia que ia se ajeitar, com um dia quase perfeito com dois segundos e um primeiro lugares, fomos penalizados e um dos segundos acabou virando um 30º. Foram muitas dificuldades que tivemos que superar durante a semana, que deram um gostinho especial a este título”, disse Xandi.
“É muito bom velejar com o Xandi, aprendi muito e a ideia é continuar velejando junto o máximo possível para continuar aprendendo cada vez mais”, disse Lucas, que tem no currículo o título brasileiro jr de Snipe e o brasileiro de Laser 4.7.
O dia na Capital da Vela começou pontualmente às 12h com a largada da primeira das três regatas previstas. As duplas Bruno Bethelm/Dante Bianchi, Felipe Rondina/João Peiter, Alexandre Paradeda/Lucas Mazim e Mateus Tavares/Gustavo Carvalho chegaram na raia com chances de serem campeãs. O vento forte de quadrante sul que soprou no canal de São Sebastião com até 20 nós (36 km/h) causou quebras e desistências e separou os velejadores mais experientes dos menos experientes.
Fotos: Mariana Peccicacco/PecciCom
Na primeira regata o velejador de Ilhabela Juninho de Jesus conseguiu desbancar os favoritos e cruzar a linha na primeira colocação. Já na segunda, a briga ficou entre Xandi e Bruno na primeira perna, porém Xandi conseguiu passar Bruno na segunda e só precisou administrar a vantagem para garantir o primeiro lugar. Com a realização desta, que foi a oitava regata da série, entrou descarte do segundo pior resultado e a decisão foi levada para a última regata.
Já na largada Xandi conseguiu atrapalhar Bruno e disparou entre três primeiros. Bruno montou a primeira boia na décima colocação e foi se recuperando a cada perna, chegando na penúltima marca na quarta colocação, bem próximo de Xandi. Um erro, no entanto, obrigou Bruno a pagar uma penalidade e Xandi acabou cruzando a linha na frente, na quarta colocação, com Bruno em quinto.
“Nós velejamos apenas um dia antes de vir para Ilhabela e fomos para a água hoje para ter um dia divertido. Terminar em segundo em um campeonato deste nível é um ótimo resultado. Fomos para a última regata empatados com o Xandi, mas uma largada ruim acabou nos prejudicando. Conseguimos nos recuperar bem, chegando ao quarto lugar, mas ficamos brigando com o Xandi e acabamos perdendo um pouco. Agora vou dar uma descansada da classe. Já corri 17 campeonatos brasileiros e tenho dois filhos pequenos para cuidar… vamos ver como vai ser”, disse Dante que veleja há quase 20 anos com Bruno. Os dois, que são bicampeões mundiais, se afastaram um pouco da classe nos últimos quatro anos, pois estavam fazendo campanha olímpica para a Rio 2016. Bruno foi o representante brasileiro na classe 470. Dante não se classificou.
A 68ª edição da competição em Ilhabela contou com 67 duplas de oito estados e dois países (Argentina e Espanha). Em 2018 o campeonato vai ter como sede o Clube dos Jangadeiros, em Porto Alegre.
Resultados finais com nove regatas e dois descartes:
- Alexandre Paradeda e Lucas Mazim, 31 pontos perdidos
- Bruno Bethlem e Dante Bianchi, 32 pp
- Mateus Tavares e Gustavo Carvalho, 44 pp
- Gabriel Kieling e Átila Pellin, 48 pp
- Felipe Rondina e João Peiter, 54 pp (campeões juniores)
- Juliana Duque e Rafael Martins, 57 pp (campeões mistos)
- Mario Sergio de Jesus Junior e Matheus Gonçalves, 58 pp
- Juan Cajade e Alexandre Tinoco, 58 pp
- Breno Bianchi e Flavio Castro, 61 pp
- Vicente Monteiro e William Moura, 63 pp
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