Francês cria embarcação para recuperar título de recordista mundial de velocidade em alto mar
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O francês Alex Caizergues foi o primeiro homem a quebrar a barreira dos 100 km/h em alto mar, com o auxílio de sua prancha e seu kite, em 2010. Antes, em 2008, o francês que hoje tem 41 anos de idade já tinha conquistado o recorde mundial quando atingiu 50 nós (93 km/h).
Todavia, a hegemonia de Alex acabou em 2012, quando o australiano Paul Larsen entrou em cena, e alcançou uma velocidade de 121 km/h (65 nós) por uma distância de 500 metros, abordo da Vestas Sailrocket 2. Desde então, Caizergues quer recuperar o trono.
Para o francês, o recorde de velocidade não é mais um desafio esportivo entre o homem e o vento, e sim um desafio tecnológico. Com essa ideia ganhando forma na cabeça, Alex pensou em um projeto ambicioso: abrir um negócio com potencial de desenvolvimento econômico e tecnológico, visando, é claro, o progresso do mundo náutico.
Logo, em 2019, Caizergues ajudou a fundar o Syroco, um laboratório científico e técnico que gera inovações ultra tecnológicas tendo em vista a evolução das embarcações. O Syroco é uma plataforma para realizar apostas ambiciosas, assumindo riscos que as empresas mais tradicionais não podem arcar por terem modelos de negócios menos flexíveis e focados na rentabilidade de curto prazo.
No entanto, poucos meses após o seu nascimento, a empresa demonstra ser uma das startups mais promissoras de Marselha, na França, onde está localizada. “A inovação revolucionária só faz sentido se for aplicada”, pontua Alex.
O primeiro teste é o recorde que Caizergues persegue há mais de uma década, e eles já estão certos sobre qual barco derrubará o Vestas Sailrocket 2.
“É um conceito simples: conceber o casco da forma mais simples possível, que é como acreditamos que será mais eficaz na água, embora isso exige mais controle e mais pesquisas”, afirma Olivier Taillard, que trabalha no laboratório Syroco.
Ao contrário de um catamarã ou veleiro, a criação do Syroco é um veículo composto por várias partes que não são fixadas entre si. “É um conceito que foi imaginado no início do século 20 de uma forma muito rudimentar, um pouco de como Leonardo da Vinci imaginou o helicóptero em seus dias”, diz Alex.
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No final, o “barco” de Caizergues será uma pequena cápsula para dois tripulantes que será impulsionada por uma “pipa”, para equilibrar as forças com o vento para assim conseguir uma navegação estável e rápida.
A previsão é que os testes de cada elemento do modelo sejam concluídos ainda neste ano para que, em 2021, a engenhoca atinja os sonhados 150 km/h (81 nós), número mais do que suficiente para fazer de Alexander Caizergues o homem mais rápido a navegar.
Por Gustavo Baldassare sob supervisão da jornalista Maristella Pereira
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