Após ser engolida pelo reservatório de usina, a cidade de Itá (SC) se reinventou como polo turístico náutico
Onde um dia houve ruas e avenidas repletas de casas, hoje navegam lanchas, canoas e jets


Quem participou do 7º Congresso Internacional Náutica ficou surpreso com a história – contada pela engenheira Marta Bender Sartoretto, da prefeitura de Itá – de uma pequena cidade no Oeste e Santa Catarina, às margens do Rio Uruguai, que se reinventou, fazendo com o que aparentemente parecia ser o fim se converter em um brilhante recomeço.
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Explica-se: após ser engolida pelo reservatório de uma usina hidrelétrica, entre 1997 e 2000, a cidade de Itá foi edificada em outro lugar, cinco quilômetros adiante. Depois disso, valendo-se de atrativos aquáticos, converteu-se em polo turístico náutico da região. Onde um dia houve ruas e avenidas repletas de casas, comércios, escolas e moravam cerca de mil pessoas, hoje navegam lanchas, canoas e jets, além da prática de esportes náuticos — de wakeboard a stand up padle.
O melhor vem agora. De acordo com Marta Bender Sartoretto, os 700 quilômetros de margens da represa, abarcando 11 municípios (sete de Santa Catarina e seis do Rio Grande do Sul), estão recebendo uma série de investimentos, de estruturas náuticas, como rampas de acesso ao lago e trapiches para a ancoragem de lanchas, a uma prainha licenciada pelos órgãos ambientais. Além disso, foi ativado o Plano Ambiental de Conservação do Entorno do Reservatório Ambiental (Pacuera). “E já está aprovada a construção do porto de Itá”, disse a engenheira.
Graças ao planejamento de sua construção e ótima infraestrutura, o município de Itá está entre os 50 melhores para se viver no Brasil. Além disso, recebeu como legado o status de cidade turística, com sua natureza exuberante e seu belíssimo Parque Thermas Itá, inaugurado em 2004. O que parecia ser o fim, passou a ser um brilhante recomeço.
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