Bairro flutuante holandês exibe proposta sustentável de habitações. Conheça
O bairro de Schoonschip é um inovador bairro circular e flutuante da cidade holandesa de Amsterdã. Ele nasceu de um projeto comunitário, e tem a intenção de se tornar um protótipo para outros empreendimentos urbanos flutuantes no futuro.
Elaborado pelo escritório de arquitetura holandês Space & Matter, o projeto compreende 46 residências em 30 lotes de água, conectados por um cais. Eles ainda empregam recursos descentralizados e sustentáveis de energia, água e sistemas de esgoto.
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Com o último de seus edifícios concluído este ano, o empreendimento apresenta uma estratégia de adaptação importante de ser considerada, em face das mudanças climáticas e da elevação do nível do mar.
O novo bairro no canal Johan van Hasselt já conta com mais de 100 residentes e foi iniciado em 2010, por um grupo de entusiastas determinado a criar uma comunidade neutra em energia.
O conceito inicial do plano urbano da Space & Matter tem uma ideia básica: um cais que conecta todas as moradias e propõe encontros casuais entre os residentes, enquanto cada casa preserva a vista panorâmica da água.
Cada casa foi fabricada fora da habitação, incorporando os pré-requisitos do terreno. Elas seguiam o plano já apresentado pelo escritório de arquitetura, que também desenhou duas das casas flutuantes. Assim, as residências puderam ser projetadas com diferentes estilos, materiais e caracterizações.
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”Viver na água oferece uma ótima solução para lugares onde as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar são um perigo iminente. A solução não apenas protege as pessoas contra a natureza, mas também a própria natureza”, explica Sascha Glasl, um dos arquitetos responsáveis.
Antes de qualquer desenho, uma série de valores específicos foram definidos pela comunidade para que o bairro atendesse tanto às necessidades quanto à ideologia dos moradores do local. Assim, o bairro representa uma visão arquitetônica dos habitantes, que responde às mudanças climáticas vivenciadas por eles.
O projeto foi criado em torno de um modelo comunitário circular e apresenta uma rede inteligente de painéis solares que ajudam os residentes a trocar energia entre si. O desenvolvimento também incorpora trocadores de calor submersos para aquecimento e resfriamento e tecnologias de tratamento de água para recuperar energia e nutrientes de águas residuais. Além disso, a comunidade se esforça para conseguir o fechamento do circuito local.
Dentre as intenções de compartilhamento dos proprietários, também está o conhecimento acumulado ao longo da década de desenvolvimento do projeto, fomentando um terreno fértil para soluções sustentáveis e circulares.
“Achamos necessário e estimulante compartilhar nossa mentalidade social e sustentável com outras pessoas, ajudando-as a aprimorar seus conhecimentos e habilidades. Gostamos de aprender com os outros e recebemos de volta todos os que desejam aprender conosco”, disse Marjan de Blok, um dos primeiros associados do Schoonschip.
Por Naíza Ximenes, sob supervisão do jornalista Maristella Pereira
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