Bem-sucedido programa de despoluição do Novo Rio Pinheiros é extraordinário instrumento de transformação social

Por: Redação -
29/12/2022

A vida voltou às águas do Rio Pinheiros. Agora, com as suas margens revitalizadas e o meio ambiente preservado o rio integra-se novamente à cidade. Mas a transformação mais evidente, e talvez a mais importante, se deu nas áreas de maior vulnerabilidade social, onde a chegada do saneamento levou mais saúde e qualidade de vida para cerca de 3 milhões de famílias.

 

A pergunta que se faz é: o que foi feito de diferente agora para que o Rio Pinheiros passasse a ter vida novamente?

Como se sabe, a partir do trabalho de despoluição, que começou em 2019, peixes começaram a ser vistos nadando no Rio Pinheiros. Imagens gravadas pela população surpreenderam as redes sociais. Segundo especialistas, a presença dos animais é um indicativo de recomeço de vida no local. Sinal de que encontraram no rio que cruza a zona sul de São Paulo oxigenação suficiente para continuar vivos.

 

Junto com o Governo do Estado de São Paulo (e de outros órgãos, como a Prefeitura de São Paulo), a Sabesp, responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios paulistas, liderou a frente de saneamento do mais bem-sucedido programa de despoluição de sua história.

A meta inicial da Sabesp no Programa Novo Rio Pinheiros era fazer a conexão, até o fim de 2022, de 530 mil novos imóveis à rede de esgoto da cidade de São Paulo.

 

A empresa não apenas cumpriu a meta como avançou 30% acima do objetivo, conectando mais de 650 mil imóveis à rede de esgoto! “Isso só foi possível porque conseguimos a adesão das pessoas ao Programa de despoluição”, conta Fernandes Hayashi, engenheiro da Sabesp.

Fernandes Hayashi, engenheiro da Sabesp: meta cumprida 30% acima do objetivo – Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

Desde o planejamento do Programa, ficou definido pela Companhia que o engajamento da população, sobretudo com a mobilização das comunidades, seria essencial. E a população reagiu positivamente, sensibilizada pela proposta de resgate da dignidade, da saúde, da esperança e da consciência.

 

“Quando os dois lados se entendem, começa a nascer uma relação de confiança. As comunidades confiaram que estávamos lá para levar um benefício. Isso foi importante porque gerou sinergia”, acredita Hayashi.

 

O foco do trabalho foi na recuperação dos afluentes do Rio Pinheiros. “Concentramos os esforços junto às comunidades que vivem no entorno do rio e dos córregos, com construção da rede de esgoto, de coletores e de troncos. Justamente para pegar esse esgoto e levar até a estação de tratamento”, explica Alexandre de Oliveira, engenheiro ambiental da Sabesp.

O engenheiro ambiental Alexandre Oliveira, funcionário da Sabesp há 35 anos, conheceu o rio quando ainda era estudante. Hoje, já observa vida às margens do rio Pinheiros – Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

Também foram criadas pela Sabesp as chamadas Unidades de Recuperação de Qualidade da Água. São estações de tratamento que recuperam a qualidade dos córregos, melhorando sua qualidade e trazendo benefícios para o meio ambiente, para a sociedade e, no fim da ponta, contribuindo para a despoluição do Pinheiros.

 

Cada Unidade de Recuperação capta a água de um córrego afluente e a devolve em seguida ao curso natural sem cheiros e com maior capacidade de abrigar vida aquática. Uma solução criativa que colabora na recuperação das águas de córregos como Jaguaré, Pirajussara, Cachoeira, Antonico e Água Espraiada.

 

Dessa forma, as águas do Pinheiros foram gradativamente melhorando de qualidade, permitindo a redução do odor e o retorno da vida aquáticas nos cursos d’água.

Em 2013, o rio Pinheiros foi declarado morto. 80% do rio era esgoto. Em 2019, a Sabesp e o Governo de São Paulo encararam um desafio que parecia impossível: trazer a vida de volta ao rio Pinheiros — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

Como um efeito positivo puxa outro, a população está voltando a ocupar as suas margens (como fazia até a década de 1960) e a desfrutar de novas opções de lazer, como o Parque Bruno Covas (com pista de caminhada, quadras esportivas, estações de ginásticas, quiosques e playground) e a Ciclovia Franco Montoro. Isso se chama qualidade de vida. “Antes, eu só passava por aqui de carro mesmo. Era só lixo, um cheiro horrível. Agora, mudou a chavinha. Dá até para a gente comer um lanche às margens do rio”, testemunha a ciclista Kátia Cristina, que passou a ser assídua frequentadora do lugar.

Mais de 650 mil imóveis foram conectados à rede de coleta e tratamento de esgoto, levando dignidade e qualidade de vida para os paulistas

Trata-se de diretriz institucional. A aproximação com a população faz parte do firme compromisso da Sabesp com a sustentabilidade e as melhores práticas de responsabilidade social e ambiental. “O que a gente faz aqui tem um impacto muito positivo para o meio ambiente”, defende o biólogo Fábio Akiyama, que atua na estação de tratamento de esgoto da Sabesp em Barueri, na Grande São Paulo.

O biólogo Fábio Akiyama: as ações têm impacto no meio ambiente

Com suas grandes obras em São Paulo, a Companhia revela também um grande cuidado e respeito pelas pessoas, sob a forma de garantia da segurança hídrica, da qualidade da água, da coleta e tratamento do esgoto. Conquistas que se refletem em melhoria da saúde e da qualidade de vida e, em mais alto grau, na renovação da esperança e da dignidade.

 

A tese é que o acesso ao saneamento básico deve ser encarado como um instrumento de transformação social tão poderoso quanto os que são aplicados em áreas como saúde, educação e cultura, contribuindo para subverter a desigualdade social.

 

O acesso às redes de água e de esgoto é um direito do cidadão, uma das formas mais legítimas de combate à desigualdade. Melhora a qualidade de vida, aumenta a produtividade, promove dignidade e devolve a esperança.

 

“Eu tinha vergonha de trazer minha família para cá, por causa do córrego e do mau cheiro. Tinha rato, tinha barata, essas coisas. Mas agora, graças a Deus, depois que vieram os tubos, que cimentaram tudo direitinho, agora eu posso chamar minha família para almoçar em casa. Eu tenho a minha caixinha de água, tenho meu esgoto. Hoje a vila não é vila. Está parecendo um bairro”, diz Irene Angelo da Silva, moradora de Americanópolis, em um depoimento que, melhor que um tratado sociológico, revela a extensão do alcance do trabalho da Sabesp.

Irene tinha vergonha de receber a família em casa devido ao forte odor e a poluição onde mora. O saneamento mudou sua vida e a de todos os seus vizinhos — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

“Para os resultados continuarem, nosso esforço agora é o de conscientizar cada um de nós sobre a importância de sermos zeladores desses córregos”, diz Danieli Lolito, técnica em sistema de saneamento da Sabesp.

 

Atitudes simples mudam o mundo, como o descarte correto de lixo para que estes não cheguem no rio e seus afluentes. Então, as pessoas precisam rever seus hábitos e só deixar ir para os cursos d’água somente aquilo que não altera sua composição natural e que, consequentemente, não vai poluí-los. O Novo Rio Pinheiros é uma conquista de todos nós. Vamos juntos cuidar.

A melhoria da qualidade de vida vem sendo o principal resultado da despoluição do Rio Pinheiros. A vida está voltando ao rio Pinheiros. E o Pinheiros está voltando à vida — Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP

Para saber mais sobre o trabalho do Programa Novo Rio Pinheiros, confira a série especial em vídeo.

 

 

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